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Eleição da Amacentro consolida derrota do grupo do prefeito

As eleições da Associação de Moradores do Centro de Vitória (Amacentro), realizadas nesse domingo (12), consagrou a vitória da “Chapa 1-Unidos Pelo Centro”, com consequente derrota do presidente da Câmara, Vinícius Simões (PPS), que tem base eleitoral na região, e do aliado e correligionário, prefeito Luciano Rezende. Na apuração dos votos, a Chapa 1, do presidente eleito Lino Feletti, ficou com 497 votos. Já a Chapa 2-Renova Centro, com 356.

Para o atual presidente eleito, o resultado das urnas indica que os moradores do Centro querem que o bairro continue crescendo e a ser bem cuidado, mas, acima de tudo, que amplie as relações com os diversos segmentos. “Os moradores deram o recado: querem uma associação independente, transparente, que não esteja atrelada a políticos”, disse. 

Segundo Lino, o Centro de Vitória é um dos bairros mais diversos do Estado e a chapa eleita representa essa diversidade. “Somos um grupo coeso, apesar de heterogêneo e diverso. Estamos centrados em fortalecer a luta dos moradores do Centro”, disse.   

Everton Martins, que presidiu a Amacentro nos últimos três anos, reforça que a Chapa 1 significa a continuidade de alguns membros da atual diretoria da Amacentro, mas, sobretudo, de um trabalho autônomo e independente. Ele, que agora passou a ser diretor de Políticas Urbanas, afirma que a Chapa 1 é diversificada, abarcando representantes de igrejas, como a Católica e Presbiteriana, do comércio, da cultura, como a produtora cultural Stael Mageski, e de moradores de várias partes do bairro, desde a Cidade Alta até a Barão de Monjardim.

Everton Martins explica que a chapa 2 era orquestrada pelo vereador Vinícius Simões, que, inclusive, utilizava a máquina da Câmara para influenciar no pleito. Segundo as lideranças comunitárias, Simões queria retomar o controle da Amacentro, perdido desde a última eleição. 

“Realizamos um trabalho independente e autônomo, fomos a voz que denunciou o descaso com o Centro, a questão das pessoas em situação de rua, a necessidade de retomar o processo de revitalização, a questão dos imóveis vazios, tanto comerciais quanto residenciais”, apontou Everton.

Na página do Facebook da Amacentro, a gestão que deixou a associação fez uma prestação de conta: “Foram três anos trabalhados com planejamento e responsabilidade, discutidos por meio de assembleias ordinárias e extraordinárias com os moradores que democraticamente decidiram nossos rumos e caminhos. Essa atuação fortalecendo o interesse dos moradores do Centro, realizada de forma independente e autônoma, conquistou o respeito de gestores públicos e políticos do município para a solução dos nossos problemas e que, mesmo assim, ainda não deixarão de existir”. 

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