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Eleição comunitária em bairro de Vila Velha termina em confusão

Moradores bateram boca e duas chapas apontam irregularidades da atual gestão da Associação de Moradores de Jabaeté

O domingo foi de conflito e ameaças entre moradores do bairro Jabaeté, em Vila Velha. Dia 14 de março era a data que duas das três chapas concorrentes haviam solicitado para que fosse realizada a eleição da Associação de Moradores do Bairro Residencial Jabaeté (AMBRJ), inicialmente marcada para dia 21 de fevereiro, quando a Chapa 1, da situação, alegou que realizou o processo e foi eleita.

O pedido de adiamento pelas Chapas 2 e 3 se deu porque no mesmo dia previsto para a eleição, foi chamada uma assembleia do Movimento Estadual de Moradia Popular do Espírito Santo (Mempes), que convocou todos seus associados a comparecerem e votarem na Chapa 1, conforme postado por integrantes do movimento nas redes sociais.

Diante da situação, as duas chapas opositoras compareceram nesse domingo (14) à sede da entidade, após convocarem uma assembleia geral dos moradores, entrando em conflito verbal com o candidato a presidente pela Chapa 1, que terminou com intervenção da Polícia Militar.

Durante o período em que estiveram lá, os opositores registraram fotos e vídeos que mostram a sede da entidade vazia, quase sem móveis e em situação de pouco cuidado. Os opositores colocaram no imóvel uma faixa escrito Associação de Moradores do Bairro Residencial Jabaeté.

Divulgação

Entretanto, o local pertence à cooperativa de moradia Coopjabaeté, que cedeu uma espaço para a AMBRJ, tendo sido já utilizado pela associação em parceira no passado. Segundo o responsável da cooperativa, o local não se encontra abandonado, porém não está sendo utilizado devido à pandemia de Covid-19.

O Conselho Comunitário de Vila Velha (CCVV), entidade que reúne as organizações de bairro e costuma conduzir e fiscalizar as eleições comunitárias, declarou que não reconhece a eleição realizada no dia 21 de fevereiro.

Entretanto, a Chapa 1 continua se definindo como vencedora e classificou os opositores como “baderneiros”.

O mandato do ex-presidente João Garcia Barcelar terminou em 2020, mas por conta da pandemia acabou estendido, e assim como outras associações do município, foi esperado o fim do período das eleições municipais do ano passado para dar início a um novo processo eleitoral nas comunidades. “Fizemos uma eleição legal, numa boa, todo mundo teve oportunidade de participar. Não participou quem não quis. Não sei porque não estão aceitando isso”, afirmou Gildázio Baiano, que se considera o novo líder comunitário eleito pela Chapa 1, da qual Garcia também faz parte.

“Até fomos convidados para tentar pacificar a situação, porém as arbitrariedades da atual gestão fizeram com que o processo eleitoral ficasse insustentável”, disse Luiz Gustavo Potkul, coordenador-geral do Conselho Comunitário. Ele diz que o  CCVV não foi convidado no início do processo eleitoral e apontou como incongruências o fato da comissão eleitoral ser formada por membros que disputaram o processo eleitoral, o não seguimento dos prazos previstos no estatuto, e a não aprovação de um regimento interno da eleição.

Apesar do próprio Conselho estar internamente rachado, Francisco de Morais, presidente da entidade, também aponta a necessidade de um novo processo eleitoral no bairro, para o qual ele foi indicado para conduzir. Outro mediador dos conflitos tem sido o vereador Tita (PSD), que disse que uma nova reunião será realizada nesta quinta-feira (18) com as chapas e demais interessados, e uma nova eleição deve acontecer dentro de cerca de 40 dias.

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