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Em artigo, Villaschi chama atenção para a gestão integrada da GV

Nestes tempos de eleições, artigo publicado nesse domingo (10) em A Gazeta, do professor associado de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Arlindo Villaschi, toca em um ponto fundamental, segundo especialistas da área, na questão da mobilidade urbana na Região Metropolitana da Grande Vitória: a gestão integrada da região. 
 
A questão é fundamental, mas ainda timidamente desenvolvida por Estado e municípios. O economista diz: “o debate entre candidatos ao governo do Estado precisa contemplar a questão metropolitana para muito além do tipo de veículo – se sobre pneus ou sobre trilhos”. 
 
A referência, aí, é aos dois modelos de transporte público citados nos programa dos principais candidatos. Enquanto o governador e candidato à reeleição Renato Casagrande toca o grandioso projeto do Sistema BRT (vias exclusivas para ônibus), o ex-governador Paulo Hartung acena com o VLT (veículo leve sobre trilhos).  
 
A Região Metropolitana da Grande Vitória ocupa apenas 5% do território capixaba, mas abriga quase a metade da população do estado (48,19%, números de 2008); segundo dados de 2005, a região produz 63% do PIB e arrecada 65% do ICMS. E a frota veicular dos sete municípios da região abarca cerca da metade dos veículos de todo o estado.
 
Ou seja: nossa região metropolitana há muito é um aglomerado urbano homogêneo, situação que, já não há pouco tempo, reclama um modelo de gestão integrada da RMGV compactuado entre prefeituras e governo do Estado, para compatibilizar as ações e o desenvolvimento conjunto de uma região, como diz Villaschi, “interativa”, e que, como tal, demanda antes ações integradas que planos isolados de mobilidade urbana. 
 
Como a região é o coração político e econômico do Espírito Santo, o Governo do Estado vem atuando como uma espécie de prefeito dessa ampla vitrine que se chama Região Metropolitana. O problema, como já apontado em matéria de Século Diário de 2012, é superar o jogo político. De qualquer modo, destaca o professor, “o todo – a qualidade de vida – tem que ser visto como maior que a soma das partes”.

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