O tráfego intenso de caminhões oriundos do Porto de Capuaba está incomodando moradores de Paul e bairros como Vila Batista, Chácara do Conde, Argola e São Torquato, em Vila Velha. Moradores alegam que, em reunião no último dia sete com representantes da Guarda Municipal, ficou acordado que os veículos sairiam do porto por dentro de Paul e voltariam pelo bairro Alvorada.
Segundo eles, porém, não é o que está acontecendo: os caminhões estão indo e voltando por Paul. “Estamos vivendo um inferno. É um transtorno principalmente para quem mora na Estrada Jerônimo Monteiro”, diz o líder comunitário de Paul, Paulo César Fróes. O tráfego, que inclui caminhões bitrem, provoca tremor nas residências junto à tradicional estrada.
O que, igualmente, está incomodando os moradores é que a Guarda Municipal não está cumprindo outro acordo, que, segundo Fróes, é fiscalizar o tráfego dos veículos. A Guarda garantiu que posicionaria veículos nas entradas do porto e de São Torquato e colocaria placas de sinalização no bairro. Não foi feito. O líder comunitário afirma que a Prefeitura de Vila Velha disponibilizou apenas um guarda municipal na entrada do porto do turno matutino.
O problema acontece em função das obras para a remoção da pedra de duas toneladas que, em março, caiu sobre a linha de trem em Cobi de Baixo. O trabalho interditou a via por onde usualmente passam os caminhões que atendem o Porto de Capuaba. A obra de uma ponte em Nova América, segundo Fróes para acesso à Rodovia Leste-Oeste, também causou mudanças de itinerário no local.
O incômodo dos moradores com o tráfego veicular na região é antigo. A Jerônimo Monteiro é acessada de segunda a segunda, ao dia, à tarde ou à noite, por caminhões pesados, às vezes em alta velocidade.