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Empresas alegam perdas e tarifas do Transcol podem sofrer novo reajuste

Menos de quatro meses após um controverso aumento de tarifa, as empresas concessionárias do Sistema Transcol já costuram um novo reajuste. A Secretaria Estadual dos Transportes e Obras Públicas (Setop) criou uma comissão para analisar o relatório de uma auditoria em que os consórcios operadores do sistema reivindicam do Estado o resgate do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. 
 
As empresas alegam queda de demanda e contestam a concessão de apenas um reajuste de tarifa em 21 meses de vigência do contrato, iniciado em julho de 2014. A auditoria foi realizada pela empresa Ernst Young Assessoria Empresarial Ltda.
 
Além do relatório, a comissão também vai analisar os contratos de concessão e estudos da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) sobre a licitação do Transcol. O resultado da análise pode avalizar uma revisão contratual prevista para agosto deste ano. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 60 dias.
 
Em janeiro, o governador Paulo Hartung autorizou o aumento de 12,24% na tarifa do Transcol, índice maior que a inflação registrada em 2015 (10,67%). O valor saltou de R$ 2,45 para R$ 2,75. Mas Hartung não interveio no subsídio de R$ 115 milhões pago pelo governo às empresas. O governo Hartung enfrentou três protestos contra o aumento das passagens.
 
O assustador é que o reajuste foi acompanhado por uma piora na prestação do serviço. Em fevereiro, a população foi surpreendida pela manutenção do cronograma de período de férias, denunciando uma operação de redução de frota pelas empresas. Os ônibus demoravam e andavam superlotados. O que estava em curso é uma política de redução de custos e aumento de lucro das empresas. 
 
No mesmo mês, o governo Paulo Hartung cancelou o edital do Sistema Aquaviário e autorizou o reajuste das tarifas dos pedágios da Terceira Ponte, em Vitória, e da Rodovia do Sol (ES-060), em Guarapari, administrados pela concessionária Rodosol
 
No mês seguinte, o governo Paulo Hartung cancelou em uma canetada as licitações de implantação do BRT (vias exclusivas para ônibus na Grande Vitória) e de estudo para construção de ciclovia na Terceira Ponte, fechando um de ciclo de retrocesso nas políticas de mobilidade urbana no Espírito Santo.
 
Analisar o primeiro ano de governo Paulo Hartung é registrar uma série de retrocessos em mobilidade.

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