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Estado acelera desapropriações para tirar obras do BRT do papel

O governo do Estado publicou nesta quarta-feira (11) o Decreto nº1154-S que desapropria o trecho BR 262 ao Terminal de Campo Grande, em Cariacica. A área, com mais de cinco mil metros quadrados, foi considerada de utilidade pública para as obras do sistema Bus Rapid Transit (BRT), que será implantado na Grande Vitória. Também serão desapropriados os terrenos às margens do Terminal Urbano de integração de Carapina e vias de acesso.  
 
De acordo com o decreto, a desapropriação será promovida de forma amigável ou judicialmente, tanto em face das áreas de propriedade como também sobre as que configurem posse manca e pacífica pela Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop) ou por outro órgão da administração direta ou indireta do Estado. 
 
Na Serra, a área desapropriada possui 39 mil metros quadrados. A desapropriação, segundo o decreto1158-S, é necessária para reforma do atual terminal que integra os municípios de Serra e Vitória. 
 
Anunciado em junho de 2012, o projeto executivo do BRT está previsto para outubro deste ano. Só depois da conclusão do projeto executivo será iniciado o processo licitatório para o início efetivo das obras. 
 
A primeira parte das obras do BRT inclui justamente as áreas desapropriadas – um decreto também já foi publicado desapropriando áreas em Vila Velha – ampliação de vias de Serra até Cariacica e Vila Velha, já iniciada pelo governo. Também está incluída nesta fase alterações na Terceira Ponte, como a mudança das cabines de cobrança para o município de Vila Velha e a abertura da Praça do Cauê, em Vitória. 
 
As obras devem começar na Reta do Aeroporto, na altura do Vitória Apart Hospital, passar pelas avenidas Fernando Ferrari e Reta da Penha e seguir até à praça do Cauê, na Enseada do Suá. 
 
Ao todo, o Programa de Mobilidade Metropolitana consiste em 51 ações para a mobilidade urbana da região metropolitana de Vitória. Entre os investimentos, além do BRT, estão a pavimentação de 179 km de vias e melhorias na frota de ônibus e na comunicação com o usuário do transporte público.
 
A integração de serviços, implantação de estacionamentos e ciclovias também estão previstos no projeto. Segundo o governo, o investimento será de R$ 3 bilhões. Só na primeira fase do projeto serão gastos R$ 11 milhões. 
 
Sistema BRT
 
O modelo dos corredores exclusivos para ônibus, o BRT, que será implantado na Grande Vitória, vem sendo apontado pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) como o modelo ideal para a região metropolitana por funcionar basicamente como um metrô, porém com custo mais baixo, menor tempo de implantação e com garantia de maior agilidade e segurança para o cidadão. 
 
Os ônibus deverão circular em faixas exclusivas, sendo retirados do trânsito comum. Já os pedestres terão calçadas livres de pontos de ônibus, os chamados portais de embarque e desembarque construídos em corredores centrais. 
 
Mas a população ainda tem dúvidas. Alguns moradores e entidades da sociedade civil não estão satisfeitas com o debate realizado sobre o tema e temem os impactos do projeto. 
 
Críticos do projeto alertam que o BRT vai causar transtornos ao Centro de Vitória, que ficará mais barulhento e com os espaços públicos, que já são insuficientes, ainda mais reduzidos.
 
A reativação imediata do transporte público aquaviário é outra reivindicação dos que questionam o BRT.
 
BRT carioca
 
Na cidade do Rio de Janeiro, a reclamação da população é que o BRT foi inaugurado sem estar pronto, conforme notícia publicada pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira (11). Após um ano do lançamento, 15 estações estão inacabadas, além de um trecho de dez quilômetros de via que ainda não foi finalizado.
 
Segundo o jornal carioca, os passageiros reclamam de superlotação, atraso de linhas, falhas na sinalização e um número muito elevado de colisões e atropelamentos. Esses resultados negativos põem em xeque o sistema de ônibus concebido como o “melhor” da Cidade Maravilhosa.

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