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Ex-presidente da Lieses atrapalha posse de novos conselheiros da entidade

Membros das escolas de samba Independente de Boa Vista, Chega Mais e Pega no Samba registraram boletim de ocorrência contra o ex-presidente da Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses), Rogério Sarmento. Eles acusam Sarmento de não registrar a ata de eleição dos membros eleitos para os conselhos Fiscal, Ético e Deliberativo da entidade. 
 
Com isso, os novos conselheiros não puderam registrar ata de posse, na última quinta-feira (9). As eleições para os conselhos foram realizadas em 14 de abril. O mandato de Rogério Sarmento foi encerrado em 26 de maio. A medida protelatória é vista por membros como uma tentativa de atrapalhar os trabalhos da entidade.
 
Seis escolas filiadas publicaram no Diário Oficial de sexta-feira (10) um edital de convocação de assembleia geral extraordinária da entidade para discutir a eleição de presidente e vice-presidente da liga para o quadriênio de 2016 a 2020. As reuniões irão acontecer nestas quarta (15) e quinta-feira (16) na escola estadual Almirante Barroso, em Goiabeiras, Vitória.
 
Convocam as assembleias as escolas de samba Chega Mais, Chegou o que Faltava, Independente de Boa Vista, Pega no Samba, Imperatriz do Forte e Unidos de Barreiros. Também será discutida a apresentação da comissão eleitoral. O processo eleitoral está marcado para o dia 13 de julho.
 
Em recente reportagem, Século Diário apontou que R$ 2,6 milhões, frutos de convênios entre a Secretaria de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) da Prefeitura de Vitória e a Lieses para patrocínio dos carnavais de 2014 e 2015 tiveram destino desconhecido. Os indícios de irregularidades atingem tanto a Semttre, que homologou os processos, quanto a Lieses, que destinou o montante para fins não previstos em contrato e ainda não prestou contas dos gastos. 
 
A reportagem evidenciou ainda manobras de Sarmento para se manter no comando da entidade. Em janeiro, embora o estatuto da Lieses garanta no máximo a reeleição, Sarmento tentou garantir um terceiro mandato, por antecipação do processo eleitoral. Foi impedido por decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que concedeu liminar em pedido de antecipação de tutela ajuizado pelo vice-presidente, Pedro Suzana, rachado com Sarmento. 
 
A juíza Cláudia Sangali, da 6° Vara Cível, determinou a suspensão da assembleia geral extraordinária marcada para 14 de janeiro.

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