O número de agências fechadas nesta quarta-feira foi pouco menor do que na primeira greve, que totalizou 18
Em sua segunda paralisação de 24h contra a reestruturação do Banco do Brasil, nesta quarta-feira (10), os bancários fecharam 16 das 90 agências no Espírito Santo. A medida do governo federal, criticada pela categoria, prevê a demissão de cinco mil trabalhadores e o fechamento ou mudança de perfil de 361 agências.
Na Grande Vitória, não abriram ao público as agências Jardim Limoeiro, Laranjeiras, Jacaraípe e Centro, na Serra; Lindemberg e Centro, em Vila Velha; e Expedito Garcia e Jardim América, em Cariacica. No prédio da Pio XII, no Centro de Vitória, foram fechadas as agências Pio XII, Empresa Vitória, Empresa Porto, Escritório Exclusivo e Setor Público. Ainda na capital, os trabalhadores paralisaram a agência Fernando Ferrari.
Também no prédio da Pio XII houve paralisação em seis salas administrativas: Empresa Porto, Regional Vitória, Regional Vila Velha, Assessoria Jurídica Regional (Ajure), Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e na Superintendência. No interior, não abriram nesta quarta-feira as agências Aracruz e Ibiraçu, no norte. A de Colatina abriu ao público, mas os caixas não atenderam.
O cenário é de menor adesão se comparado à paralisação ocorrida em 29 de janeiro, quando foram fechadas 18 agências, sendo 15 na região metropolitana e três no interior, além de seis unidades administrativas e a Superintendência.
No Espírito Santo ainda não há números oficiais do impacto da iniciativa do governo federal, com a restruturação, mas estima-se que 17 agências serão impactadas, sendo que oito delas podem ser fechadas.
O que se sabe, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), é que em Colatina, noroeste do Estado, a unidade São Silvano perderá o status de agência e passará a funcionar como loja. A diretora da entidade, Goretti Barone, salienta que cerca de 180 pessoas utilizam os serviços de Caixa diariamente na São Silvano. Sua transformação em loja, afirma, fará com que sejam realizadas somente operações nos caixas eletrônicos, além do atendimento negocial.
O Núcleo de Transporte de Valores de Colatina também será fechado. As mudanças impactam diretamente as transações financeiras de pequenos e médios empresários, comerciantes e agricultores, como aponta Goretti.