Uma audiência pública em Paul, nesta quarta-feira (17), vai discutir a deposição das pedras da obra do Berço 207 do Cais do Atalia. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) convocou a reunião, que acontecerá no Cerimonial Casarão, no Diário Oficial desta terça-feira (18). Há muito tempo os moradores da região exigem a retirada das pedras.
Há cerca de três anos, a ampliação do Terminal Dolfins de Atalaia, realizada pela Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), causa sujeira, poluição e problemas respiratórios à comunidade do Morro do Atalaia. As pedras retiradas pelas obras estão sendo depositadas em uma área vizinha ao morro e formam uma parede imensa de concreto. Segundo moradores, a pedras foram depositadas em um local que favorece o espalhamento da poeira pelo ar.
“No verão o calor é insuportável. Mesmo passando caminhão duas vezes por dia jogando água, não resolve”, diz Geremias Wyatt, presidente do Movimento Comuitário de Paul. Segundo ele, cerca de 50 casas estão no raio imediato de impacto causado pela montanha de pedras. Ele diz também que a Codesa já prometeu retirar as pedras, mas nunca cumpriu as promessas.
Os moradores da comunidade também denunciam que a Codesa não cumpriu as condicionantes que envolvem o projeto, como obras de drenagem na região da Praça de Paul e o desassoreamento de parte do Rio Aribiri. Ambas têm o objetivo de evitar alagamentos no bairro. Esses problemas, no entanto, não serão discutidos na audiência pública.