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Governo federal frustra empresários e políticos capixabas e não inclui BR-262 em plano de concessão

O governo Paulo Hartung e a bancada federal capixaba devem estar numa lamúria sem fim. O pacote de concessões em transportes do Programa de Investimento em Logística (PIL), anunciado terça-feira (9) pela presidente Dilma Rousseff (PT), não atendeu às expectativas capixabas de inclusão do trecho capixaba da BR-262, que liga o Espírito Santo a Minas Gerais. O PIL deve mobilizar investimentos de R$ 198,4 bilhões a partir de concessões para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. 
 
A BR-262, segundo diz o empresariado local, é um dos gargalos do desenvolvimento do estado. Em audiência pública do Plano Plurianual ES 2016-2019, realizado no último dia 3, o governador Paulo Hartung anunciou a inclusão da rodovia no pacote de concessões do programa federal apresentado nesta terça. O governador esteve em Brasília para presenciar o anúncio que lhe contradisse.
 
Os trechos da rodovia contemplados pelo plano estão em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, ambos com previsão de leilão para 2016. Em Minas, o trecho previsto para concessão vai de Belo Horizonte até a divisa do Espírito Santo. O pacote de leilão do ano que vem inclui outros nove trechos. Para 2015, há leilões previstos para trechos cujos projetos foram iniciados ano passado.  
 
Em sua página no Facebook, o deputado federal Paulo Folleto (PSB) já se manifestou sobre a exclusão da 262 do plano de concessões: “Eu e toda a bancada capixaba ficamos surpresos com a exclusão do trecho até Vitória. Viemos a Brasília, convidados pela Presidência da República, com a ideia de todo o trecho ser concedido e ficamos atônitos com a mudança. Agora vamos cobrar do governo federal o motivo dessa exclusão”.
 
O aeroporto de Vitória também não foi contemplado. Mas o governo federal prevê a construção de uma ferrovia de 572 quilômetros entre Vitória e Rio de Janeiro, com custo estimado em R$ 7,8 bilhões. O objetivo do empreendimento é integrar portos e terminais ferroviários dos dois estados.
 
Na área de portos, foram concedidas duas autorizações para Terminais de Uso Privado (TUPs), uma em Aracruz, e outra em Itapemirim. Outros quatro TUP’s no Espírito Santo estão em análise: Imetame e Nutripetro, em Aracruz, e C-Port Brasil e Itaoca Terminal Marítimo, em Itapemirim. Todos são severamente criticados por ambientalistas em função dos impactos ambientais previstos.

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