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Grandes donos de placas em Vitória negam formação de frotas particulares

A CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, retomou os trabalhos nesta segunda-feira (1), ouvindo Josias Cerqueira, Carlos Agne e Carlos Roberto Agne Filho, considerados os grandes administradores de placa no serviço de táxi de Vitória. Acusados de formarem frotas particulares de táxi, os três negaram a prática, oferecendo respostas vagas.
 
Apontado como explorador de pelo menos 18 placas em diferentes pontos de Vitória, Josias alega que há pelo menos 10 anos não trabalha com táxi. “Vivo da minha aposentadoria. Sou portuário”, defendeu-se. Ele explicou que era permissionário da placa 0268, que trabalhava no ponto da Rodoviária de Vitória. A placa foi vendida para outra pessoa há cerca de 15 anos. Ele disse que não sabe mais para quem vendeu.
 
Josias afirmou que conseguiu a permissão por compra. Segundo ele, na época, não havia regulamentação sobre compra ou venda de permissões em âmbito municipal.
 
Pai adotivo de Valdir Jorge Souza, acusado de administrar 11 permissões em Vitória por procuração ele defendeu a atividade de Valdir. “Ele é emplacador de táxi. Não sei quanto ganha, mas é pago”, disse. 
 
Pai e filho, Carlos Agne, apontado como o “barão do táxi”, e Carlos Roberto Agne Filho seguiram pelo mesmo caminho. Deficiente visual, Carlos Agne não tem permissão em Vitoria e disse que gostaria de saber por que é indicado como o “barão do táxi”. “Por causa disso aí, fui assaltado dentro da igreja, com a arma na minha cabeça, dizendo que eu tinha dinheiro”.
 
A relatora Janete de Sá (PMN) perguntou se ele conhecia os permissionários Cássia Regina Menezes Ferreira, Helder Fernandes Lordello, Jane Cheila Fernandes Lordello, João Dionísio Moura Valdino e Rita de Cássia Menezes dos Santos, que fizeram procuração em nome de Carlos Agne Filho para administração das permissões. Agne afirmou que conhecia todos, alguns pessoalmente, outro só por nome.
 
Carlos Agne Filho, que havia ficado em silêncio em sessão anterior, resguardado por habeas corpus, interveio e se pronunciou. Ele negou que as procurações sejam para administrar táxis e que receba valores como procurador. Ele explicou que as procurações são para emplacamento e desemplacamento de veículos, troca de carro, realização de transferência. “Eu fazia esse serviço com facilidade”, alegou. 
 
Agne Filho também disse que em troca, recebia a fidelidade do cliente para a manutenção de veículos, já que é dono de oficina. Quando convocado, Valdir Jorge Souza deu a mesma explicação de realização de “serviços burocráticos” para justificar o uso de procurações.

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