Na véspera da greve geral desta quinta-feira (11), que teve ampla adesão de entidades sindicais do Estado, as categorias profissionais começam a se organizar para os atos públicos que devem ser realizados já no período da manhã. Os movimentos ligados aos sindicatos de trabalhadores começam as mobilizações desde as 5 horas em diversos pontos da Grande Vitória.
Na Capital, vai haver uma mobilização em frente à rodoviária, a partir das 5 horas; em frente ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) , às 6 horas; e em frente ao Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), às 8 horas.
Na Serra haverá concentrações de trabalhadores em frente à ArcelorMittal Tubarão; na BR-101, em frente à Logasa; e na rodovia Norte Sul, em frente à Cesan, todas às 5 horas.
Em Cariacica as concentrações acontecem ao lado do Estádio Kleber Andrade e em frente ao Estádio do Rio Branco, às 5 horas. Já em Vila Velha vai haver concentração em frente ao posto de combustíveis que fica no início da Terceira Ponte, às 5 horas; e na Praia de Itaparica, às 6 horas.
Os trabalhadores devem definir durante as concentrações qual será o melhor percurso da manifestação. A expectativa é que o movimento siga para a Assembleia Legislativa, onde vai acontecer a Grande Manifestação da Greve Geral, às 11 horas.
O Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) decidiu por paralisar as atividades na quinta-feira, o que atinge cerca de 12 mil motoristas.
Por conta da greve geral, mais instituições optaram por suspender o expediente na quinta. Além do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) e do Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES), nesta quarta-feira (10) o Ministério Público Estadual (MPES) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também anunciaram a suspensão do expediente.
O objetivo do protesto do dia 11 em nível nacional e que vai ser adotado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado é cobrar a implementação da pauta trabalhista que defenda a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o fim do fator previdenciário; a regulamentação da terceirização; a reforma agrária, e mais investimentos nos serviços públicos. O movimento também é endossado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Um dos itens da pauta de reivindicações é a derrubara do projeto de lei (PL) 4330/2004, que permite a terceirização indiscriminada. O projeto retira direitos dos trabalhadores brasileiros e precariza ainda mais as relações de trabalho no Brasil.