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Idosos protestam contra paralisação do atendimento nos Centros de Convivência para a Terceira Idade de Vitória

O atraso dos repasses da prefeitura de Vitória para convênios vem prejudicando também o atendimento nos Centros de Convivência para a Terceira Idade (CCTI), que conta com quatro unidades na Capital, nos bairros Maria Ortiz, Pontal de Camburi, Centro e Jardim Camburi. Nesta segunda-feira (7) o atendimento no centro de Pontal de Camburi foi suspenso e as frequentadoras protestaram.

Apesar de ser um número pequeno de idosas protestando com cartazes para a regularização do serviço, a Polícia Militar foi chamada e monitorou a manifestação.

Os CCTI são geridos pelo Instituto Gênesis que, assim como outras entidades, teve repasses do convênio atrasados, culminando na suspensão parcial dos serviços. Nos centros, quando há servidores da prefeitura atuando, os atendimentos são prestados, mas funcionários do instituto não trabalham.

Por conta da falta de repasse, diversas atividades com os idosos foram suspensas, justamente no período em que são realizadas as atividades de fim de ano.

Este não foi a primeira entidade a paralisar atendimentos por falta de pagamento da prefeitura de Vitória. Na última quinta-feira (3), os atendimentos ao público nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) foram suspensos por atrasos no repasse do convênio entre o município e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra).

Vitória tem 12 Cras, que são a porta de entrada para os serviços da assistência social para a população hipossuficiente. Desde que o repasse das verbas começou a atrasar, as equipes têm sido reduzidas, prejudicando o trabalho.

Além do prejuízo ao atendimento, a população também é diretamente afetada pelo corte de gastos. O programa Viória mais Igual, de transferência de renda, tem repasses em atrasos, assim como o auxílio-natalidade. O auxílio-funeral chegou a ser suspenso antes de voltar a ser concedido, assim como a chegada de cestas básicas aos Cras.

O atraso nos repasses também vem provocando a demissão de pessoal, como técnicos e profissionais do setor administrativo. Todos os pedagogos das equipes de assistência social foram dispensados.

Até mesmo o lanche servido às famílias que participam de oficinas nos Cras foi suspenso por conta da impossibilidade de fornecimento. Nos centros também não está chegando gás de cozinha.

Atrasos

Diversos outros setores da administração municipal estão sendo prejudicados por conta do atraso no repasse de verbas da prefeitura. A área de asseio e conservação foi diretamente afetada por esses atrasos, já que as empresas ficam meses sem receber – e sem perspectiva de pagamento – e, sem capital de giro, acabam atrasando os salários dos trabalhadores e os compromissos com fornecedores. No caso da prefeitura de Vitória, uma das empresas que faz o serviço de conservação, só conseguiu pagar o adiantamento de salários dos funcionários no dia 24 de novembro, depois de os trabalhadores protestarem na prefeitura e ameaçarem paralisar as atividades.

A prefeitura só pagou uma de quatro parcelas do contrato com a empresa durante todo o ano, o que fez com que a empresa chegasse ao limite, não tendo como pagar o adiantamento na data certa, que seria o dia 20 de novembro.

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