Mais: lançamento de O Mundo de Tita; espetáculo Xokotô; e Projeto Chora Barra
O Cineclube Cine por Elas está com inscrições abertas para a Formação Cineclubista Por Elas Elu, um curso gratuito voltado para coletivos de mulheres; lésbicas, bissexuais e trans (LBTs) e pessoas não-binárias interessadas em criar ou fortalecer cineclubes. As inscrições podem ser feitas neste link até o dia 21 de fevereiro.
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A formação terá três encontros e fornecerá ferramentas para que os grupos organizem e realizem suas próprias sessões de cinema de forma independente. A iniciativa, segundo o Cineclube Cine por Elas, surge da necessidade de fortalecer redes de apoio e articulação social, utilizando o cineclube como espaço de debate, acolhimento e mobilização.
Seleção
Serão selecionados quatro coletivos atuantes no Espírito Santo para participar da capacitação. A formação contará com duas aulas teóricas de três horas, realizadas em um fim de semana, e, 15 dias depois, as participantes organizarão uma sessão prática de cineclube. Os coletivos devem ser compostos majoritariamente por mulheres, mães solo, LBTs e pessoas não binárias; ter pelo menos cinco integrantes; e ter atuação no Espírito Santo em municípios com menos de 100 mil habitantes. Ter equipamentos próprios, sede estabelecida e as pautas do coletivo também serão alguns critérios da seleção.
Violência contra a mulher
Para o Cineclube Cine por Elas, os números alarmantes de violência contra mulheres no Espírito Santo reforçam a importância de coletivos culturais como forma de resistência e transformação social. Segundo Fabiola Mozine, idealizadora do projeto, “o cinema tem essa capacidade de nos unir e nos sensibilizar, e o cineclube é onde podemos estar juntas, nos apoiar e organizar para tentar mudar essa realidade tão violenta para as mulheres do nosso estado. Transformar a realidade é indispensável para a gente poder existir”.
Mundo de Tita
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No dia 22 de fevereiro, às 19h, o Café Andorinhas, localizado na Barra do Jucu, em Vila Velha, será palco do lançamento de O Mundo de Tita, novo livro infantil da escritora Juh D’Lyra. A obra conta a história de Tita, uma menina preta curiosa, que, a partir de uma simples pergunta na escola, embarca em uma jornada de autodescoberta e aceitação de seus cabelos e de sua identidade.
Mundo de Tita II
Com o apoio e o amor de sua mãe, Tita descobre que seus cachos são mais do que uma característica física. A autora Juh D’Lyra, que tem origem na periferia de Vila Velha, conta que traz muito de sua própria experiência para a história. “Quando eu era pequena, sofri muito por ter cabelo cacheado em uma sociedade onde a moda era ter cabelo liso. Conhecer o turbante foi um divisor de águas para mim; passei a enxergar a beleza e o poder do meu cabelo”, revela.
Xokotô
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Desafiando as narrativas eurocêntricas e patriarcais ao trazer à tona a multiplicidade das identidades femininas, o espetáculo Xokotô tem sua estreia marcada para o este sábado (15), às 19h30, no Teatro Sônia Cabral, no Centro de Vitória. A atração da Cabeluxo Produções, de Vitória, faz parte da 3ª edição do festival Verão Cultural Sônia Cabral, que tem entrada gratuita, por ordem de chegada. Ao levar para o palco as histórias de pessoas trans e travestis, a montagem ajuda a quebrar estigmas, preconceitos e normas rígidas sobre gênero, promovendo empatia e sensibilização para questões de igualdade, direitos e respeito.
Projeto Chora Barra
O músico Fabio Pinel, acompanhado de seu Quarteto, será a atração da Roda de Choro realizada pelo Museu Vivo da Barra do Jucu neste domingo (16). O evento faz parte das apresentações previstas na segunda edição do Projeto Chora Barra. A apresentação tem início às 15 horas, no espaço República da Barra Bistrô. Fabio Pinel é mineiro e radicado no Espírito Santo desde 2009. Em 2020, lançou seu primeiro CD, “O Dom de Cantar”. O grupo Fabio Pinel Quarteto é formado ainda por Edu Szajnbrun no pandeiro, Bruno Parmejani no cavaco, e Josué Lopes no Violão sete cordas.
Pássaro Negro
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Está disponível no Youtube, o videoclipe da canção Pássaro Negro, do cantor Sandrera. Um dos destaques do segundo álbum do músico, Quase Hippie, a canção Pássaro Negro é uma ode à dor do Assum Preto, ave comum no Nordeste brasileiro, imortalizada na canção homônima de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Pássaro Negro II
Sensibilizado pela crueldade praticada contra o Assum Preto – que tinha seus olhos furados por passarinheiros pensando que assim ele cantaria por mais tempo na gaiola –, Sandrera uniu o drama da caatinga nordestina com as referências ao escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849) e à canção Blackbird, dos Beatles, para construir uma paisagem lírica e sonora ambientada na estética do folk rock.