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IPAJM deixou de conservar o prédio, mesmo recebendo taxa de administração

Não foi por falta de verba que os prédios do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPAJM) não receberam manutenção. Segundo denúncia do Sindipúblicos, o órgão recebe uma taxa anual de administração de R$ 18 milhões, que deveria ser investida na manutenção das estruturas. Mas isso, segundo o sindicato, não ocorreu. 

 
Esse valor vem da taxa de administração do órgão paga por servidores do Executivo, legislativo, judiciário e do Ministério Público. Cada trabalhador contribui com 11% dos seus salários e os poderes com 22%, desse  montante é que sai a taxa, explica a diretoria do sindicato. 

 

“O IPAJM, em vez de utilizar essa taxa de administração, que sai do bolso do servidor, para dar uma melhor condição de atendimento aos seus segurados, não a utiliza. A devolução desses valores só tem uma explicação: má gestão”, denuncia o Sindipúblicos. 
 
A causa disso, de acordo com o sindicato, é a indicação com viés político para a direção da autarquia, que apesar da boa vontade, não tem capacidade técnica para administrar uma autarquia previdenciária. Há anos o IPAJM não possui um administrador especializado em previdência ou administração na direção da autarquia. 
 
O sindicato afirma que o Judiciário, Legislativo e o Ministério Público devem cobrar do Executivo uma gestão profissional da previdência estadual. 
 
“Não há mais como conviver com servidores diariamente correndo risco de morte nas instalações do IPAJM, não há como se ter uma autarquia previdenciária que não tem sequer computadores, sistemas informatizados para concessão de aposentadoria e pensões. Sem falar da remuneração, que não “segura” os técnicos de previdência no serviço público”, denuncia o presidente do Sindipúblicos, Gerson Correa de Jesus.
 
No órgão, afirma Gerson, quem tem influência política consegue fazer seus processos andarem, o “resto” tem que esperar anos por uma resposta do órgão. “A autarquia só está funcionando devido ao grande esforço e criatividade dos servidores que tentam não deixar o Instituto parar de vez, em respeito aos segurados que, na sua maioria, são idosos”, adverte Gerson.
 

Além das deficiências de gestão, o Sindipúblicos voltou a ressaltar as péssimas condições estruturais dos  prédios que abrigam o IPAJM. “Eles estão literalmente desabando, cada semana temos notícia que parte de um prédio caiu ou que outra foi inundada, comprometendo a segurança e quem sabe até a estrutura”, ressaltou o presidente do Sindipúblicos.

 
Apesar da promessa feita pelo presidente do IPAJM de  retirar os servidores imediatamente do prédio situado na Avenida Vitória, nada foi feito. 

 

Prevendo uma tragédia iminente, o Sindipúblicos reforçou que não concorda com a omissão da autarquia em relação às péssimas condições dos prédios. O sindicato avisa que já alertou as autoridades competentes que se algum servidor se ferir ou morrer, o presidente do IPAJM será responsabilizado.

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