Integrantes do “Movimento Ocupa Ales”, que permanece no prédio da Assembleia Legislativa desde a última semana, e membros da Mesa Diretora da Casa estão reunidos desde o início da tarde desta sexta-feira (13) no local em busca de um acordo sobre a ocupação. A iniciativa partiu do juiz Marcelo Menezes Loureiro, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual, que analisa uma ação de reintegração de posse movida pelos deputados. O magistrado decidiu pela realização de uma audiência de conciliação antes de se manifestar sobre o pedido.
A audiência teve início por volta das 16 horas e não tem hora para terminar. O encontro tem a participação de representantes de entidades civis e do movimento dos direitos humanos. Segundo informações de pessoas que participam da audiência, o juiz Marcelo Loureiro se mostrou disposto a mediar um acordo entre os ocupantes e os deputados, fato que teria agradado às duas partes.
O grupo de manifestantes se reuniu antes da audiência para deliberar sobre a pauta levada à mesa de conciliação. Entre pontos estão a desocupação pacífica do local sem o uso de força policial; o agendamento de uma audiência do grupo com o governador Renato Casagrande; a criação de um espaço voltado para os movimentos sociais na Casa, além da votação do projeto de decreto legislativo 69/2013, que prevê o fim do pedágio da Terceira Ponte.
Apesar dos deputados não terem sido “autorizados” a fazer declarações por ambas as partes, os deputados Cláudio Vereza (PT) e José Esmeraldo (PR), que participaram do início da audiência, ressaltaram que há disposição para o acordo e alguns pontos já estariam acordados, como a votação do projeto – que está na pauta da sessão da próxima segunda-feira (15). Também participaram da reunião os deputados Lúcia Dornelas, Roberto Carlos (ambos do PT) e Solange Lube (PMDB), estes dois últimos membros da Mesa Diretora.
Chamou a atenção dos manifestantes que fazem vigília fora da Casa a ausência do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), que assina o pedido de reintegração de posse. Apesar disso, os participantes do encontro avaliam que um eventual acordo terá valor jurídico e não apenas uma negociação política.
Até às 00h20 deste sábado (13), ainda não havia previsão para o término da audiência.