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Linha Verde obriga secretário a se explicar em legislativos municipal e estadual

A polêmica envolvendo a Linha Verde, na Capital, tem obrigado o secretário de Transportes, Tyago Hoffmann, a se desdobrar como “bombeiro” para apagar o incêndio causado à imagem do prefeito Luciano Rezende (PPS). Em poucos dias, Hoffmann esteve na Câmara de Vitória e na Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre a nova intervenção realizada na Avenida Dante Micheline, que tem causado muita reclamação por aumentar o tempo no deslocamento dos moradores. 
 
A Linha Verde estabeleceu, há uma semana, uma pista exclusiva pra circulação de ônibus ao longo de toda a avenida, causando muita polêmica. Um grupo de moradores já ingressou com ação popular na Vara da Fazenda Pública Municipal de Vitória, tendo como base a Lei Federal 12.587/2012 (Política Nacional de Mobilidade Urbana).

Segundo a legislação, antes de implantar uma mudança viária de grande proporção, tal medida deve ser amplamente debatida com os moradores. O grupo acionou a Justiça pleiteando medida liminar para interromper a implantação da Linha Verde até discussão mais ampla. O prefeito Luciano Rezende também foi chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público de Contas (MPC) sobre a Linha Verde, no prazo de 10 dias. 

 
Durante a sessão ordinária na Câmara no último dia 13, Tyago Hoffmann justificou que, nos últimos 10 anos, as cidades recuaram no modelo de cidade voltado para os carros, percebendo que o caminho é priorizar e investir em transporte coletivo. “As grandes capitais do Brasil já implantaram esse modelo. E também não foi fácil nesses locais, houve a necessidade de adaptação”, explicou o secretário. Ele disse ainda que a Linha Verde chegará ao Centro de Vitória.
 
Já nessa segunda-feira (19), Hoffmann prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Guinchos na Assembleia. Em relação à Linha Verde, informou que não serão aplicadas multas por videomonitoramento nos primeiros 30 dias de funcionamento, mas esse prazo poderá ser estendido para 60 ou até 120 dias, caso a prefeitura avalie que seja necessário.

Apesar do discurso em prol do transporte coletivo, a contradição é que a prefeitura não oferece um serviço atraente e eficiente para que os motoristas abram mão dos carros. O resultado tem sido engarrafamentos uma hora além do habitual nos horários de picos para quem transita no sentido Camburi.

 

“Toda medida que vise melhorar o transporte público, como é a concepção do presente projeto da faixa exclusiva, é vista por nós como positiva e benéfica à mobilidade urbana. Mas, para que funcione de fato, precisa ser implementada de forma correta, com base em estudos sólidos acerca da necessidade, viabilidade, e dos impactos de trânsito a serem causados, além de necessariamente ser precedida de muito diálogo com as comunidades diretamente impactadas”, ressaltaram em nota as Associações de Moradores dos bairros Mata da Praia, Bairro República e Jardim Camburi, que acionaram a Justiça reivindicando a suspensão da Linha Verde.

Além de ônibus de passageiros, públicos e particulares, podem circular pela área os táxis, transporte escolar e vans. 

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