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Manifestantes reagem mal à tentativa do Comando da PM de criminalizar protestos

Se a estratégia do comandante da Polícia Militar Edmilson dos Santos era intimidar os manifestantes para esvaziar o protesto marcado para esta sexta-feira (28), o tiro parece ter saído pela culatra. Nas redes sociais era crescente a adesão ao protesto e as críticas à ação truculenta da PM no ato dessa quarta-feira (26).
 
O coronel deu entrevistas para quase toda a imprensa capixaba. O discurso era rigorosamente o mesmo. O comandante, após fazer um balanço do protesto dessa quarta-feira (26) – que acabou em confronto com a polícia na praça do pedágio da Terceira Ponte -, advertia sobre a infiltração de bandidos nas manifestações e aconselhava a população a não voltar às ruas, numa clara tentativa de criminalizar o movimento.
 
Entretanto, ao contrário do que se esperava, a fala do coronel e os confrontos entre a polícia e os manifestantes nos últimos dias, sobretudo, nessa quarta-feira (26), acirrou ainda mais o clima. 
 
A tensão pode ser observada nas mensagens que os manifestantes têm postado nas redes sociais. Por meio de enquetes nas páginas dos movimentos, os internautas avisam que vão continuar nas ruas mesmo diante da iminência de um enfrentamento com a PM. 
 
Mais de nove mil confirmaram presença na manifestação desta sexta-feira (28), que é puxada pelo movimento “Não é por 0,20”. Na página do movimento, internautas denunciam a truculência da polícia para proteger a Terceira Ponte e a tentativa de impedir que os manifestantes de Vila Velha se encontrassem com o os participantes de Vitória, nos protestos dessa quarta. 
 
De acordo com os relatos, os manifestantes vila-velhenses foram pegos de surpresa com os ataques vindos do Batalhão de Missões Especiais (BME). Um dos posts mais compartilhados na rede denuncia o ataque com bombas de gás lacrimogêneo para impedir que os manifestantes chegassem a Vitória pela Terceira Ponte.
 
“O BME e o governo do Estado do Espírito Santo impediram a população de exercer seu direito de se manifestar. Hoje eu vivi um dia de ditadura”, escreveu Joyce Maia, no Facebook. 
 
Outro post relata o ataque de policiais da Rotan, também em Vila Velha, onde manifestantes se concentravam no início da ponte. “Seis viaturas ficaram rondando o início da Terceira Ponte atirando com balas especiais em todos que estavam ou passavam por lá. Esse exagero deixou muita gente revoltada. E o vandalismo, todo mundo viu. Agora sabem por que foi desencadeado”, disse Marcelo Satler, no Facebook. 
 
De acordo com o relato postado por Marcelo, a impressão que se tinha ao ver a ação, era de que a polícia estava incitando o vandalismo propositalmente, visto que deixaram a cidade à mercê dos baderneiros. 

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