Seis sindicatos preparam para está quarta-feira (15) uma marcha em protesto contra a corrupção, incentivos fiscais, arrocho salarial e inflação. Os manifestantes, que se concentram às 9 horas na praça de Jucutuquara, na Capital, saem em marcha até o Palácio da Fonte Grande.
O alvo da manifestação é o governo do Estado. Diz um trecho do texto convocatório do protesto: “(…) Para os servidores, a promessa de valorização do serviço público não sai do papel. E o reajuste até agora é um grande mistério, com o governo mudo sem nada a dizer. Enquanto isso, os governos concedem incentivos fiscais às grandes empresas em detrimento à prestação de um serviço público de qualidade. Agrava-se a todo esse cenário, a impunidade a diversos entes públicos acusados de corrupção com processos engavetados!”
Uma das bandeiras do protesto, a crítica aos incentivos fiscais, foi inspirada à série de matérias de Século Diário, que vem denunciando a política de incentivos fiscais criadas pelo ex-governador Paulo Hartung e mantida pelo atual governo.
Os sindicatos também protestam contra os recorrentes casos de corrupção no Estado. E listam os de maior repercussão: “Só no último ano, diversos casos de corrupção vieram à tona: Operação Pixote, com secretário de Estado, diretoria do Iases e empresários envolvidos; Caso Sincades, onde o governo insiste em desrespeitar a Constituição e oferecer benefícios fiscais ilegais em detrimento à arrecadação e investimento em bens e serviços públicos; Operação Derrama, envolvendo ex-prefeitos e até mesmo a mulher do presidente da ALES e a Operação Lee Osvald, onde o ex-governador Paulo Hartung, o ex-prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB), e seis secretários municipais foram citados; além de obras superfaturadas como o Posto Fiscal de R$26 milhões [em Mimoso do Sul] e uma ponte de R$ 1,6 milhão. A punição para os envolvidos, na maioria dos casos, foi apenas afastamento do cargo, quando não agraciados com uma vaga no governo estadual”.
E continua: “Ao invés de Casagrande nomear fichas limpas para suas pastas, ultimamente o governador tem escolhido prefeitos que perderam as eleições e até mesmo políticos envolvidos em escândalos, como é o caso de Norma Ayub que ganhou de presente de Casagrande o cargo de assessora da Casa Civil. Ex-prefeita de Itapemirim, ela foi presa durante Operação Derrama por envolvimento em esquemas de corrupção”.