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Mesmo sem encaminhamentos oficiais, debate sobre tanques de Paul é considerado positivo

Os moradores dos bairros que formam a Grande Paul, em Vila Velha, saíram satisfeitos com as cobranças feitas durante a audiência pública dessa quarta-feira (2) que discutiu a construção de tanques de combustível e soda cáustica pela empresa Liquiport na região. Agora, aguardam pelos desdobramentos do debate. Durante a audiência, o promotor de Justiça Cível da Comarca de Vila Velha, Gustavo Senna Miranda, defendeu que se adote o princípio da precaução no caso. 

O promotor informou que já há uma ação popular tramitando sobre a questão e foi instaurado um procedimento preparatório na 14º Promotoria de Justiça Cível de Vila Velha. Segundo ele, diante dos riscos, é preciso zelar pela segurança das comunidades afetadas. 

 
Promovida pelas comissões de Meio Ambiente e de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, a audiência contou também com a presença dos deputados José Esmeraldo (PMDB), Janete de Sá (PMN), Hércules Silveira (PMDB), Roberto Carlos (PT), Euclério Sampaio (PDT) e Gildevan Fernandes (PV). Apesar da especulação sobre o pedido de novos estudos, a posição dos parlamentares diante da sociedade foi pela não construção dos tanques e a extinção dos já existentes, da Nascon Logística Ltda.
 
Durante o debate, tanto os representantes do Corpo de Bombeiros como do Ministério Público do Estado (MPES) reconheceram o  risco do empreendimento, reforçando a reivindicação popular de extinguir os tanques da região.

Com as obras embargadas recentemente pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e a Licença de Instalação (LI) anulada, a expectativa, de acordo com os moradores, é boa. Mas eles cobram que o debate tenha um desdobramento prático para impedir o empreendimento. 

 
A comunidade denuncia que os tanques chegaram à região sem qualquer anuência dos moradores e que a empresa sempre dificultou o debate entre as partes. Além disso, aponta que a Liquiport não apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para ser licenciada. 
 
O líder comunitário Leandro Ribeiro, que acompanha o caso desde 2007, ressalta que apesar da gravidade do caso, o Iema não enviou representantes à audiência. Segundo ele, a comunidade exige a remoção imediata dos tanques porque temem possíveis vazamentos ou explosões. 

 

Já o líder comunitário e presidente do Movimento Comunitário de Paul, Paulo César Froes, contou ao site da Assembleia que os técnicos da empresa responsável de vez em quando apresentam novidades técnicas tentando convencer a comunidade de que os tanques são seguros. E relacionou os frequentes relatórios da empresa com acidentes acontecidos em instalações dessa modalidade. O líder comunitário foi procurado, mas não houve retorno.
 
Ao todo, os tanques impactam a região da Grande Paul, ou seja, atinge também os bairros de Argolas, Morro do Atalaia e comunidades vizinhas, todas elas envolvidos nas denúncias feitas para frear o empreendimento desde 2007

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