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Mobilidade urbana: Conselho Popular de Vitória quer incluir população nas decisões

Durante audiência pública na Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (22), para discutir mobilidade urbana em Vitória, a sociedade civil se queixou da pouca efetividade dos debates. A população exercer papel meramente consultivo, mas que participar das decisões. O ponto de consenso é que não é produtivo discutir mobilidade urbana sem a participação dos representantes dos municípios da região metropolitana da Grande Vitória, principalmente Serra, Vila Velha e Cariacica. 
 
O presidente do Conselho Popular de Vitória, Robson Willian, apoiou o debate, mas também reclamou do caráter consultivo das audiências. Ele cobrou, por exemplo, a participação da sociedade nas decisões nas envolvendo o sistema BRT, que prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus na Região Metropolitana de Vitória. 
 
Segundo ele, o CPV considera frágil a tese de que, para salvar o transporte coletivo, use-se o termo mobilidade urbana, visto que não há como discutir esse tema sem pensar também nos idosos, cadeirantes, pedestres, ciclistas e na história de cada região.  
“O BRT é a grande prova disso, o governo vem colocando esse sistema sem discutir de forma, mais ampla, detalhada, explicativa e participativa da sociedade civil, comerciantes e moradores. A população precisa e tem o direito de ser ouvida, somos contra o BRT por não conhecê-lo. Acredite: não vamos aceitar de forma pacífica e calados. Esse tempo já acabou”, avisou.
 
Ele criticou a comparação entre Vitória e as cidades européias feita frequentemente pelo poder público quando o assunto é incluir equipamentos de mobilidade na cidade, porém, a mesma comparação não é feita na hora de se preservar equipamentos urbanos e a história da cidade com impacto direto na qualidade de vida dos moradores. 
 
A posição de Robson também foi compartilhada pelo arquiteto e urbanista Santiago Hernandez, que palestrou na audiência. Segundo ele, o diálogo sobre a mobilidade deve ser constante e não pode haver imposição pública ou privada nos mecanismos que geram a mobilidade urbana nas cidades, pois a população constitui a cidade e é a parte mais interessada nisso.  
 
Outro arquiteto e urbanista, Antonio Chalhub, que também fez uma fala na audiência, também defende a opinião do CPV. Ele afirmou que a cidade de Vitória poderá se tornar no futuro em um grande corredor. Chalhub propôs a criação de um Fórum Metropolitano de Mobilidade permanente entre todos os poderes que formam os municípios da Grande Vitória. 
       
Participaram da audiência os palestrantes Tadeu Guerzet, formando em economia da Ufes que falou sobre Tarifa Zero; José Moreira, vice presidente da Ceturb que falou sobre transporte público e o secretário Municipal de Transporte, Trânsito e Infraestrutura Urbana, Max da Mata (PSD), que chegou a propor que alternativas ao sistema BRT fossem apresentadas pela população. 
 
A audiência foi realizada no ultimo dia 22, na Câmara Municipal de Vitória e segundo seu propositor, o vereador Devanir Ferreira (PRB), ficou evidente que não dá pra falar em mobilidade sem incluir no debate os demais municípios da região metropolitana. Ele prometeu levar os encaminhamentos até o prefeito Luciano Rezende (PPS). 
 
 

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