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Moradores de Nova América pedem conclusão de obras de macrodrenagem

Situação tem agravado as enchentes no bairro. Moradores convocam protesto para esta sexta

Moradores do bairro Nova América, em Vila Velha, convocam para um protesto no bairro na manhã desta sexta-feira (31), um dia após o feriado de Corpus Christ, para reivindicar a conclusão das obras de macrodrenagem realizadas pela Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb). A obra, que dura mais de um ano, segundos os moradores, tem piorado os problemas de alagamento na comunidade.

A professora Giana Martins relata que a ideia é fechar ruas, inclusive por meio da queima de pneus. Alguns moradores preparam a confecção de cartazes. A obra abarca vários bairros, como Rio Marinho, Cobilândia e Sotelândia, mas em Nova América, segundo Giana, ela está paralisada. Além disso, nas outras localidades foram colocadas manilhas grossas, com tamanho necessário para o escoamento da água, enquanto que em Nova América as manilhas colocadas não têm o mesmo porte.
Foto Leitor

A obra também causou danos nas calçadas e quebra das tampas de bueiro. Os moradores querem não só chamar atenção do Governo do Estado, mas também da Telar, empresa responsável, e da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), uma vez que outra reivindicação é o desentupimento de bueiros.

Mais uma queixa, como relata a moradora Orides Maria de Araújo Dettoni, é em relação ao muro feito ao lado do Rio Marinho, que, além de não ser agradável visualmente, impede que a água da chuva ecoa para o rio.

O resultado disso, afirma, é o acentuamento de um problema que já existia, que é o das enchentes. Agora, destaca Orides, mesmo com índice pequeno de chuva, as ruas alagam. Ela relata que já perdeu diversos móveis em enchentes e acredita que isso será cada vez mais comum. O entupimento dos bueiros também ajuda a piorar a situação, pois, por causa disso, mesmo sem chuva há alagamento quando a maré enche, formando uma crosta de lama nas ruas quando a água baixa, o que faz com que o chão fique escorregadio.

Foto Leitor

“Nós estamos abandonados. Essa situação é uma falta de respeito com os moradores, com a gente. Se duas pessoas chorarem juntas, alaga a rua”, diz Orides, que aponta, ainda, a insegurança causada pelo muro construído ao lado do Rio Marinho, já que impossibilita a visão do que está acontecendo do outro ado da rua. Assim, não é possível perceber se há alguma movimentação suspeita de alguém que pode vir a adentrar a outra via e cometer algum delito.

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