Com hortas comunitárias, parques e áreas de preservação, rota contará com visitas guiadas
A comunidade do Jaburu, no Território do Bem, em Vitória, quer investir no turismo comunitário. Para isso, irá aproveitar duas potencialidades do bairro: as áreas verdes e o apreço dos moradores pela produção agrícola. A meta é lançar, em agosto, o Circuito Verde, que inicialmente contará com três pontos turísticos. Eles poderão ser acessados por pessoas que farão visitas guiadas, o que irá fomentar o comércio local e gerar renda para os moradores.
O projeto foi idealizado pelo Grupo Nação, uma organização comunitária que atua no bairro, e pela Organização Não Governamental (ONG) Onze 8, composta por arquitetos. O grupo conseguiu patrocínio do Instituto Unimed para concretizar a primeira etapa da iniciativa, com o lançamento da rota, que inicialmente terá três pontos turísticos.
Um deles é a Horta do Amanhã, construída em um local que era um ponto de lixo. Há também a Horta do Canto da Pedra, que já existe, mas será restaurada, assim como a mini praça que fica próxima, criada pela comunidade, onde tem um painel de um artista australiano que o desenhou em 2019 em sua passagem por Vitória. Por fim, o Parque do Bem, que será restaurado e foi criado pelos moradores há 11 anos.
A inspiração para o projeto, afirma o presidente do Grupo Nação, Cosme Santos de Jesus, veio da criação da Rota de Turismo de São Benedito, lançada nesse sábado (7) e que conta com oito pontos turísticos que resgatam a história da comunidade e faz homenagem a alguns moradores. “A Rota de São Benedito tem uma pegada mais urbana, em Jaburu as pessoas gostam de plantar, têm a cultura do cultivo, pois gente veio do interior”, diz.
Além disso, afirma Cosme, já existe uma demanda de grupos, como organizações comunitárias de outras bairros, que querem conhecer as iniciativas de horta comunitária locais para fazer o mesmo em suas regiões. Ele também acredita que a Rota de São Benedito irá fazer com que seus visitantes queiram conhecer outras localidades do Território do Bem. Assim, será possível fomentar o comércio local, inclusive a venda das hortaliças cultivadas.
O arquiteto Renan Grisoni, da ONG Onze 8, informa que em cada ponto terá placas com informações sobre o local para os visitantes. Outra ação para que o projeto possa ser executado é a realização de oficinas para criação de horta comunitária e criação e manutenção de viveiros. Esta última será ministrada também para moradores responsáveis pela horta que já existe. “Eles plantam, colhem, mas não fazem replantio por falta de mudas, por isso a ideia de construção dos viveiros”, conta-.