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Moradores temem que explosões afetem tanques e causem tragédia em Paul

 
Os tanques de combustível da empresa Liquiport continuam deixando os moradores de Paul, em Vila Velha, apreensivos. Os taques ainda não foram desmontados pela empresa, embora o prazo para remoção, determinado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), tenha se expirado em 31 de julho último.
 
Com o início da segunda etapa das obras de ampliação do Porto de Vitória, a situação dos moradores de Paul pode ficar ainda mais complicada. Para ampliar a profundidade do porto a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) deve dinamitar as rochas nas proximidades do Morro do Atalaia, onde ficam localizados os tanques. 
 
Segundo o presidente do movimento comunitário de Paul, Paulo César Fróes, os moradores temem que as explosões afetem os tanques e causem uma tragédia na região. “Os tanques estão soltos, eles podem virar. Na ultima explosão feita aqui perto, muita casas tremeram. A comunidade está muito preocupada com o que pode acontecer”, afirma Paulo César.
 
Os vereadores do PTN, Anadelso Pereira e Wedson Boneli também mostraram preocupação com a situação de Paul na sessão da Câmara na última. “Cada tanque pesa 90 toneladas e se houver qualquer deslizamento no local, a Codesa vai ter que se responsabilizar. As comunidades localizadas na região de Paul, que tanto lutaram pelo embargo deste projeto, ao lado da Câmara de Vila Velha, ainda aguardam providências sobre o assunto, pois o perigo envolvendo a permanência desses tanques continua”, advertiu Anadelso.
 
Wedson também cobrou providencias do Iema e da Assembleia Legislativa. “Até hoje não tivemos acesso ao cronograma das etapas de desmontagem desses tanques, que deveria ter sido informado pela empresa responsável, e não recebemos as informações necessárias sobre as medidas de controle ambiental que serão adotadas pelo Iema durante e depois deste processo de desmontagem. O fato é que o colega Anadelso Pereira está certo: o perigo continua e os moradores de Paul e dos bairros vizinhos ainda correm perigo”, complementou Wedson.
 
O Iema ainda não liberou a licença para as explosões na região, mas a expectativa é que as obras se iniciem em um prazo de 30 dias. O movimento comunitário de Paul organizou uma reunião com a Codesa e o Ministério Público nessa quarta-feira (29) para discutir as obras de ampliação do Porto. A comunidade também pretende continuar cobrando a desmontagem imediata dos tanques.

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