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Motoristas paralisam Sistema Transcol em reivindicação por vacina para rodoviários

Mobilização ocorreu até as 9h. Sindicato afirma que 30 motoristas morreram de Covid-19 durante a pandemia

Os ônibus do Sistema Transcol não saíram da garagem nesta terça-feira (13). Os motoristas, mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), fizeram uma paralisação até as 9h. Eles reivindicam que a categoria seja incluída nos grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19.

O diretor da entidade, Valdecy Dulcilina, afirma que, durante toda a crise sanitária, cerca de 30 rodoviários morreram e que, atualmente, vários estão internados. De acordo com ele, essa situação tem deixado os trabalhadores assustados. “Nós prestamos um serviço essencial, estamos desde o início da pandemia com a mão na massa”, diz. Valdecy questiona a inclusão somente de algumas categorias profissionais entre os grupos prioritários.

“As forças de segurança foram vacinadas. Os professores começarão a ser vacinados no dia 15. Não somos contra vacinar essas pessoas, mas devemos ser vacinados também. A gente só serve para carregar o peso? Nós não somos diferentes dos guardas e dos professores. Nossa vida não vale menos”, destaca Valdecy.

Ele afirma que, com o retorno dos ônibus à circulação, nesta terça, após duas semanas parados, o transporte coletivo está superlotado, o que causa ainda mais apreensão entre os motoristas. 

A inclusão dos rodoviários no grupo prioritário para vacinação tem sido pleiteada também pelas centrais sindicais. Entre as reivindicações feitas na reunião com a gestão de Renato Casagrande (PSB) em oito de abril, foi reivindicada a vacinação não somente desses trabalhadores, mas também a dos eletricistas da EDP, funcionários dos Correios, trabalhadores de postos de combustível, bancários, comerciários, ferroviários, motoboys que fazem entrega por meio de aplicativo, além de pessoas que trabalham na limpeza pública e no saneamento.
As entidades que participaram da reunião foram a Central Única dos Trabalhadores (CUT/ES), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical, Intersindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical (NCS), CSP Conlutas e Pública. Do poder público, compareceram o governador Renato Casagrande; a secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo; o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes; e o secretário estadual de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc.
Foi deliberada a criação de uma comissão composta pela secretária estadual de Direitos Humanos, as centrais sindicais e a deputada Iriny Lopes (PT), que, de acordo com a presidente da CUT/ES, Clemilde Cortes, foi quem articulou a reunião com o governo. A comissão terá como objetivo encaminhar as demandas das centrais e possibilitar, ainda, que elas possam opinar nas decisões do Governo do Estado que dizem respeito à gestão da crise sanitária.

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