O movimento “Não é por 20 centavos, é por direitos ES” divulgou nesta segunda-feira (5) o cronograma de atos deliberados durante a assembleia popular realizada neste sábado (3), na Escola Gomes Cardim, no Centro de Vitória.
O movimento promete uma semana agitada, com protestos de terça-feira (6) a domingo (11), quando uma nova assembleia será realizada para discutir os rumos do movimento.
Nesta terça-feira (6), o ato se concentrará às 14 horas na Assembleia Legislativa. Os manifestantes farão a lavagem da escadaria do prédio. Em seguida, seguem para o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCES) e na sequencia para o Ministério Público Estadual (MPE).
A discussão do fim de semana atualizou a pauta, que destaca os seguintes pontos: contra o projeto de lei 4330, conhecida como “Lei das terceirizações”; contra criminalização dos movimentos sociais; contra a privatização da BR 262, que liga Minas Gerais ao Espírito Santo; e pelo fim da cobrança do pedágio na Terceira Ponte.
No perfil do Facebook, o “Não é por 20” convoca os manifestantes para a audiência pública que discutirá um novo modelo de licitação para o Sistema Transcol e Intermunicipais, que acontece na próxima quarta-feira (7), a partir das 19 horas, na sede social do Clube Álvares Cabral, em Vitória.
Já na quinta-feira (8), a mobilização vai para Vila Velha em apoio à manifestação dos professores municipais. O ato começa às 7 horas em frente o acesso da Terceira Ponte. No mesmo dia os manifestantes também se concentrarão a partir das 17 horas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), de onde seguirão até o Centro de Convenções de Vitória. Lá será realizada uma intervenção simbólica de um “derramamento de sangue”.
No Domingo, a partir das 14 horas na Ufes, os manifestantes voltam a se reunir em assembleia popular na Ufes para avaliar as manifestações e programar novos atos.
A bateria de atividades marcadas para esta semana, além de garantir a continuidade das mobilizações, é para o movimento uma resposta as duras represálias sofridas por manifestantes no ato realizado no do último dia 19, quando 69 pessoas foram detidas e 35 chegaram a ser encaminhadas para o Centro de Detenção Provisória de Viana. Os manifestantes acabaram sendo soltos por determinação da Justiça por falta de provas que justificassem as prisões, consideradas arbitrárias.
Com as atividades, o “Não é por 20” pretende mostra à sociedade que não vai deixar as ruas enquanto o movimento não conquistar vitórias concretas.