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Na crise econômica, saúde e educação sofrem em Vitória

Em 2015, a Prefeitura de Vitória diminuiu as despesas com educação e saúde em 9,3% e 6,1%, respectivamente, em relação a 2014. No mesmo período, cortou investimentos em 49,1%. Os dados são da 13ª edição do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios Brasileiros, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) divulgada no último dia seis.
 
O anuário destaca que a crise econômica acarretou aumento na demanda da população por serviços públicos. No biênio 2015-2016, por exemplo, 2,6 milhões de pessoas deixaram de ter planos privados e passaram a depender do Sistema Único de Saúde (SUS). Em educação, a crise aumentou a demanda por educação infantil que, já atende a 62,6% de toda a população brasileira com idade entre quatro e cinco anos. 
 
Ao mesmo tempo, houve queda das receitas correntes das prefeituras. Entre 2014 e 2015, as receitas correntes de Vitória apresentaram retração de 10,2%. O município, no entanto, conseguiu uma redução maior nas despesas totais no mesmo período, de 11,5%. 
 
O anuário aponta que, em educação, Vitória registrou queda real significativa nos gastos entre 2014 e 2015, ficando ao lado de Curitiba (-12,6%) e São Luís (-9,7%).
 
Em relação aos vizinhos da Grande Vitória, o corte na Capital foi maior. A Serra reduziu as despesas na área em 6,5%; Vila Velha em 6,3%; e Cariacica em 1,1%. Em 2015, Vitória registrava 47 mil alunos matriculados na rede municipal. A Serra, 62 mil; Vila Velha, 49 mil; e Cariacica, 41 mil. No entanto, Vitória é a cidade capixaba melhor posicionada no ranking da despesa com educação, ocupando o 32° lugar entre 100 municípios.
 
Em saúde, o anuário destaca que a maior parcela do gasto municipal é proveniente de recursos municipais. Pouco mais de 60% de toda a despesa na área foi bancada com recursos próprios. 
 
Em Vitória, o corte na área também foi maior: Serra reduziu em 3,1% as despesas na área; Vila Velha em 5,9%; e Cariacica em 3,4%.  No entanto, a capital também é a cidade capixaba melhor posicionada no ranking da despesa com Saúde, ocupando o 61° lugar entre 100 municípios.
 
Os investimentos públicos sofreram o corte mais sensível em Vitória (49,1%). Embora mais severo, o comportamento da capital capixaba acompanhou um movimento geral registrado em 2015, classificado pelo anuário de “atípico”. Os investimentos dos municípios brasileiros tiveram queda de 16,1% ano passado, quando normalmente estariam em ascendência, tratando-se de um terceiro ano de administração. 
 
A grande maioria dos municípios brasileiros, cerca de 72%, reduziu seus investimentos em 2015. Apenas seis das 26 capitais ampliaram os gastos de investimento em 2015.
 
Vitória ceifou os investimentos de R$ 145 milhões em 2014 para R$ 75 milhões em 2015. Vila Velha reduziu os investimentos de R$ 90 milhões para R$ 75 milhões no mesmo período, um corte de 16%.
 
Serra e Cariacica conseguiram fazer movimento contrário. Serra mais timidamente, com um aumento de 1,4% no período (R$ 135 milhões para R$ 137 milhões). Em Cariacica, o salto foi expressivo: 18,1% (de R$ 42 milhões para R% 50 milhões).
 
Dessa vez, as cidades capixabas com melhor posição no ranking dos investimentos públicos são Itapemirim (31°, com R$ 142 milhões), Serra (33°) e Vila Velha (69°), entre 100 municípios. Vitória ocupa o 73° lugar.

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