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‘Não há espaço para todos os cobradores no Sistema Transcol’, diz Sindirodoviários

Em manifestações nesta semana, 4 mil cobradores pedem retorno ao trabalho, para evitar desemprego em massa

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O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários) afirma que não há espaço no Sistema Transcol para realocar, em outras funções dentro das empresas de transporte urbano, os cerca de quatro mil cobradores que estão afastados do trabalho desde maio de 2020. Para evitar o desemprego em massa a entidade tem promovido uma série de manifestações nas ruas da capital desde o primeiro dia útil de  2021, a fim de sensibilizar o governo do Estado e a população a apoiarem o pleito dos trabalhadores. 

O diretor do sindicato, Valdecy Dulcilina, contesta a fala do secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, que tem afirmado que os cobradores estão “amparados pelo governo”. Ao contrário do que afirma a Semobi, explica Valdecy, não estão sendo oferecidos cursos de mecânico, eletricista e auxiliar administrativo, além de demais qualificações para que possam ser “reaproveitados dentro de atividades do próprio sistema, ou para aquele que deseje ser motorista”, conforme dito em nota da secretaria. “Mesmo se tivesse oferecendo, colocaria essas pessoas onde? Não tem lugar. Onde vai ter emprego? Não adianta nada oferecer curso mas não ter oportunidade de trabalho para as pessoas”, destaca. 

Valdecy recorda que em outubro de 2020 o governo do Estado comprou mais de R$ 40 milhões em combustível para socorrer as empresas do Sistema Transcol durante a pandemia da Covid-19. O recurso foi utilizado para a compra de 11,2 milhões de litros de diesel, pois as empresas alegaram perdas acima de R$ 130 milhões por causa da queda no número de passageiros, o que poderia causar colapso do serviço e demissões em massa.
Para Valdecy, o socorro financeiro da gestão de Renato Casagrande (PSB), somado ao fato de que as empresas estão pagando somente 30% dos salários para os cobradores, sendo os 70% pagos pelo governo Federal, mostra que as empresas economizaram muito no decorrer de 2020, não havendo justificativa para dispensar os trabalhadores. “Nós vamos continuar lutando, os trabalhadores não querem perder seus empregos”, diz Valdecy. 
Na manhã desta quarta-feira (6) os cobradores foram até os terminais de Vila Velha, Carapina, Laranjeiras e Campo Grande e liberaram as catracas para os passageiros entrarem nos terminais. A manifestação, a terceira desta semana, foi feita dessa forma pois o argumento da gestão de Renato Casagrande para suspender os cobradores é de que o pagamento da passagem nos ônibus deve ser feito com cartão GV por causa da pandemia da Covid-19, mas nos terminais é aceito dinheiro, o que acham contraditório. Os cobradores do Sistema Transcol retornarão às ruas na tarde desta quarta-feira (6). 

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