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‘O mais importante é a gente dialogar’, aponta vereadora sobre o Centro de Vitória

Karla Coser vai ouvir demandas de moradores e comerciantes, em busca de um “equilíbrio” e apoio da prefeitura

Divulgação

A vereadora Karla Coser (PT) vai se reunir com moradores e comerciantes do Centro de Vitória para discutir os eventos realizados no bairro. Ela defende a busca por um equilíbrio entre os interesses das juventudes, dos comerciantes e também dos moradores. “O mais importante é a gente dialogar, e eu entendo que meu mandato é responsável por tentar criar essa ponte e chegar ao melhor resultado possível”, afirmou.

Karla informa que, na próxima quarta-feira, vai circular pelo Centro de Vitória para conversar com os comerciantes e moradores, com o objetivo de ouvir as demandas em relação aos eventos. Projetos que promovem entretenimento para a população preta e periférica foram alvo de ataques do vereador Gilvan da Federal (PL), na última semana, em operação com apoio da gestão municipal de Lorenzo Pazolini (Republicanos).

“Fui procurada pelos produtores da festa Subúrbio e do bar da Zilda a respeito da fiscalização agressiva feita na última semana pelo vereador Gilvan. Recebi muitas mensagens no meu WhatsApp, ligações e também mensagens nas redes sociais. Com toda a repercussão do caso, também fui procurada por comerciantes e por alguns moradores do Centro de Vitória reclamando da falta de fiscalização por parte da prefeitura e descaso com o Centro”, relata

Entre os moradores, as demandas dizem respeito à organização dos eventos. “As reclamações são de som alto até o dia amanhecer, causando muito incômodo para os moradores da região, que não conseguem dormir e também que reclamam da produção de muito lixo nas ruas, deteriorando e desvalorizando ainda mais o Centro de Vitória”, aponta.

Os organizadores de eventos no Centro de Vitória criticam a falta de apoio da prefeitura. Os responsáveis pelo projeto Subúrbio afirmam que já procuraram a Prefeitura de Vitória em busca de apoio, se propondo a arcar com banheiros químicos e com a limpeza da região, mas não tiveram respostas. “Em troca, a resposta é uma live nos tratando como bandidos”, denunciaram na última semana.


No último sábado (11), organizadores do projeto realizaram um protesto contra os ataques de Gilvan. Com faixas e cartazes, eles denunciaram a forma discriminatória que são tratados em relação a outros espaços. 

“É uma ato em resposta à perseguição, que já era feita pela fiscalização e pela Polícia de forma truculenta há algum tempo, no Subúrbio e em outros locais voltados para a cultura periférica e preta (…) É mais um ato pra mostrar a união da gente que faz cultura, que tenta sozinho levar algum tipo de lazer para a periferia. É para mostrar que a gente está unido, não estamos sozinhos”, disse Átila Alves Costa, organizador do projeto Subúrbio, na convocatória para o ato.

‘Tudo o que está sendo reclamado tem a solução’

Karla Coser também se posicionou sobre o assunto na sessão desta segunda-feira (13), na Câmara de Vitória, ressaltando que as demandas apresentadas pelos moradores são temas previstos em lei, o que falta é o apoio da prefeitura para fiscalização.

“Tudo o que está sendo reclamado tem a solução. O que os comerciantes da área do subúrbio estão pedindo, inclusive, é apoio da prefeitura e dos órgãos responsáveis, para que eles possam funcionar conforme todos os outros bares acontecem na cidade de Vitória”, disse.

Karla enfatizou a necessidade de se pensar uma cultura para a periferia e não promover a criminalização desses espaços, como tem sido feito. “Nós precisamos encontrar uma maneira da juventude poder se divertir e ocupar a cidade. Encontrar o equilíbrio (…) É uma manifestação cultural. Há um pedido inclusive de que a Prefeitura de Vitória, assim como tem feito em outros espaços, transforme aquele espaço numa Rua Viva. Os comerciantes que estão lá me expuseram que muitas pessoas que chegam à noite estão atravessando pela rua do Subúrbio, porque se sentem mais seguros, já que a rua é movimentada”, relatou.

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