A presidente do Centro Comunitário de São Torquato, em Vila Velha, Patrícia Crizanto, disse que a comunidade está insatisfeita com a atenção dispensada pela Prefeitura de Vila Velha à região. Segundo ela, o bairro conta com obras inacabadas, um ginásio de esporte abandonado há 10 anos e descontrole na fiscalização de moradores que ocupam áreas de risco.
“No ano passado, a Defesa Civil esteve aqui retirando famílias das áreas de risco. O problema é que estas famílias saíram e as que não tinham lugar para morar, voltaram e ocuparam novamente as casas. No contrato dizia que os imóveis seriam demolidos, mas isso não ocorreu. Resultado, as famílias continuam em situação de risco”, denunciou.
Ela pontuou que as obras inacabadas no bairro também são um problema: há escavações de até três metros de profundidade cheias de água e lixo.
Outro problema grave, disse ela, são as obras inacabadas da Unidade de Saúde e da Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei). Autorizadas em junho do ano passado pelo ex-prefeito Neucimar Fraga (PR), elas não tiveram andamento.
A construção da nova escola ocorreria por meio de parceria firmada com o governo federal, que repassou cerca de R$ 1,6 milhão para o município. Mas o terreno da unidade de ensino, com 2.800 metros quadrados, vem sendo ocupado por entulhos, lixo e mato.
Já as obras da nova Unidade de Saúde, que deveria minimizar a sobrecarga da unidade existente na região, continua parada. Com a paralisação das obras, moradores denunciam o aumento de criadouros do mosquito da dengue e de locais para o despejo inadequado de lixo.
De acordo com a líder comunitária, a prefeitura de Vila Velha já foi comunicada sobre a situação. Um ofício chegou a ser protocolado em janeiro deste ano cobrando um mutirão para limpeza da região. Além disso, foi solicitada a retomada das obras.
“Ligamos na ouvidoria e protocolamos um ofício em janeiro na Prefeitura pedindo um mega mutirão, mas não tivemos resposta. Ligamos cobrando e ficamos sabendo que a Prefeitura está elaborando um cronograma para limpeza dos bairros. Queríamos uma data para aguardar e mais atenção como bairro”, ressaltou Patrícia Crizanto.
Outro problema vivido pelos moradores, segundo a líder comunitária, é a convivência com o cheiro de gás e de combustível. “Vivemos entre empresas deste setor. Ficamos três semanas sentindo cheiro de gás e não vimos o Iema por aqui. Precisamos de mais atenção dos vereadores, prefeitura e do próprio Estado”, cobrou.
Com o fechamento do Hospital Ferroviário, em São Torquato, a situação da Unidade de Saúde do bairro é cada vez mais precária. Segundo Patrícia Crizanto, a falta de capacidade para atender a demanda já foi denunciada ao poder público, mas a situação permanece a mesma.
Além disso, Patrícia diz que a quebra dos equipamentos dentários impede a retomada do serviço à população .