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Ônibus recebem novos equipamentos e trabalhadores protestam

Desde o início deste mês, as empresas do transporte coletivo da Grande Vitória estão instalando os novos validadores que irão integrar os sistemas de bilhetagem eletrônica, biometria facial, câmeras de segurança e GPS. Nesta quarta-feira (26), os trabalhadores  da área de transportes fizeram protesto, parando o trânsito na Avenida Vitória. Eles temem que o novo sistema tire o emprego de 5 mil cobradores no Espirito Santo.

Os ônibus deixaram de circular das 15 às 17 horas, aproximadamente. Os passageiros lotaram os pontos à espera de transporte, o que gerou reclamações.

O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) informa que o equipamento visa modernizar a cobrança das passagens. “Os usuários do Sistema Transcol já começaram a perceber e, em breve, toda a frota de ônibus contará com uma novidade: novos validadores de cartões eletrônicos. Eles já estão sendo instalados próximos às catracas e irão substituir os atuais”, anuncia o sindicato patronal.

A substituição dos aparelhos está sendo feita pelas empresas operadoras com alegação de modernizar o sistema, já que os dispositivos em funcionamento estão ultrapassados. A nova tecnologia irá reduzir o uso de equipamentos eletrônicos em mais de 1, 4 mil coletivos da frota.

O sindicato também defende as catracas altas, que estão sendo instaladas em todos os coletivos. Os equipamentos estão sendo anunciados como em fase de instalação e testes. 

Além do desemprego, os trabalhadores temem que ocorra uma sobrecarga de trabalho para o motorista que, em muitos casos, terá que cobrar a passagem quando a bilhetagem eletrônica não puder ser feita.

A implantação do sistema em outras cidades gerou desemprego em massa dos cobradores. Os usuários devem esperar mais atrasos nos ônibus com a operação sem os cobradores.

Frota menor

Os usuários do transporte coletivo na Grande Vitória já pagam preço elevado pela redução da frota. Paulo Palaoro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindiroviários), aponta que a frota foi reduzida em torno de 20%. 

Com menos ônibus circulando, cerca de mil motoristas e cobradores perderam o emprego, o que afeta cerca de cinco mil famílias na conta dos dirigentes sindicais. 

“O acordo para redução da frota é uma política cruel da Ceturb e dos empresários do transporte coletivo”, afirma Paulo Palaoro. Acrescenta que o sindicato não foi ouvido, e aponta que a medida, que gera aumento do lucro dos empresários, tem de ser revista. 

Segundo o governo do Estado, o Transcol opera atualmente com 1,4 mil veículos na frota, aproximadamente 12 mil viagens e 650 mil passageiros por dia. O Sindirodoviários calcula que o número é 20% menor. 

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