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Organizações do Espírito Santo se manifestam contra atos terroristas em Brasília

Por meio de nota, entidades repudiam a violência praticada e pedem punição aos envolvidos nos ataques

Os atos terroristas cometidos nesse domingo (8) motivaram o posicionamento de diversas organizações do Espírito Santo em relação ao ocorrido. Entre elas estão instituições de ensino, sindicatos, movimentos sociais, coletivos, centrais sindicais e instituições jurídicas, que não somente repudiam a violência praticada como também pedem punição para todos os envolvidos na destruição do patrimônio público e no ataque à democracia brasileira.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chama a ação de “golpista” e “criminosa”, não podendo ser “confundida com manifestação”. Segundo o MST, “manifestação pacífica é um direito da classe trabalhadora, realizada sempre na luta por direitos e não para atacar nossa estrutura democrática”. Diz ainda que “o ataque aos três poderes é uma vergonha que vai manchar o Brasil perante todo o mundo”.

O Movimento presta apoio e solidariedade ao presidente Lula (PT), “que vem enfrentando esses ataques desde o dia da posse”, e aponta como uma “vergonha a omissão da polícia e do governador Ibaneis Rocha [MDB], que assistiu os atos sem nenhuma ação para conter ataques terroristas”. O MST finaliza a nota afirmando que irá “para a rua mais uma vez defender nossa democracia junto às organizações sociais”.
As centrais sindicais classificaram a violência em Brasília como “um complô golpista que visa desacreditar o Estado de Direito, e que, de forma criminosa, contou com a leniência do governo do Distrito Federal”. As centrais exigem “ação enérgica do governo para garantir a soberania popular, o cumprimento da Constituição e o pleno exercício da democracia”. Também se solidarizam com os membros dos três poderes da República.
Assinam a nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT); Força Sindical; União Geral dos Trabalhadores (UGT); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Intersindical Central da Classe Trabalhadora; Intersindical Instrumento de Luta e Pública, Central do Trabalhador.
O Círculo Palmarino, entidade do Movimento Negro, em sua nota, afirmou “se manifestar pela defesa da democracia” e repudiou “qualquer ato ou ação que venha violar a Constituição da República e as instituições democráticas brasileiras”. Classificou os ataques terroristas de “violentos e criminosos” e pediu a punição dos envolvidos conforme as leis brasileiras, “sem anistia para fascistas”.
O conselheiro do Comitê dos Italianos no Exterior Espírito Santo/Rio de Janeiro, Cilmar Franceschetto, encaminhou ao Intercomites, que agrega os sete Comitês existentes no Brasil, solicitação para que seus membros no Conselho Geral dos Italianos no Exterior,  que atua junto ao Ministério das Relações Exteriores da Itália,  que “façam uma nota conjunta em defesa dos princípios democráticos e restituição da ordem no Brasil, contra o radicalismo e os constantes ataques terroristas praticados por uma minoria, insatisfeita com as regras democráticas, ora em vigor no Brasil”.
A Administração Central da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aponta que “a depredação das sedes dos três poderes da República – o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto – são uma mostra inequívoca da sanha golpista que se desenrola em Brasília, numa tentativa de interromper à força o processo democrático e de implantar um estado ditatorial”.
A instituição de ensino defende “o imediato e firme combate a essas movimentações pelas forças responsáveis, e que os envolvidos e financiadores sejam identificados e devidamente punidos na forma da lei”. A Ufes também reafirma “compromisso com a defesa do estado democrático de direito e nos perfilamos ao lado de todos e todas que desejam a superação dos imensos desafios que temos pela frente de fortalecimento da educação e superação das polarizações e das manipulações golpistas a que tem sido submetida parte da população brasileira”.
O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) repudiou os ataques e reforçou “seu compromisso com a democracia, o respeito à pluralidade, a educação e o desenvolvimento do nosso País”. Para o Ifes, “o ambiente democrático é o único que possibilita a educação de fato e o desenvolvimento social, científico, tecnológico e econômico – que são os grandes objetivos direcionadores das ações da instituição”.
A instituição de ensino prossegue dizendo que “o extremismo, o desrespeito às instituições e os atentados à ordem constituída não se confundem com a liberdade de pensamento e de expressão tão necessários para a evolução da sociedade brasileira como um todo e para o processo educacional. A instituição confia na ação dos Três Poderes e na capacidade da população brasileira para superar esse lamentável episódio”.
O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES) também divulgou nota de repúdio. “Esses atos, que atentam contra o Estado Democrático de Direito, a ordem constitucional e a segurança pública, devem ser devidamente apurados e os seus responsáveis exemplarmente punidos, restaurando-se a legalidade e a paz social”.

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