sábado, novembro 23, 2024
21 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Pandemia fez as pessoas buscarem afeto nos animais, diz veterinária

ONG realiza 1ª Feirinha de Adoção Online de cães e gatos, pelo Facebook

A pandemia da Covid-19 fez com que aumentasse a procura por animais de estimação, afirma Maria da Glória Alves da Cunha, veterinária e presidenta da ONG Associação dos Amigos dos Animais (Adada). “As pessoas passaram a ficar muito tempo em casa, sem contato com outras pessoas. A carência afetiva ficou mais aflorada, passando a ver o lado positivo de ter um animal, que dá afeto, amor”, ressalta.

A Adada realiza a 1ª Feirinha de Adoção Online, por meio da qual os interessados em adotar cães ou gatos têm acesso a imagens do animal, com informações como sexo, porte, idade e castração, além do contato do responsável pelo abrigo, para pleitear a adoção.

A feirinha está ativa, por meio do Facebook. “Às vezes a pessoa não pode levar um animal para casa, mas pode, por exemplo, apadrinhar um mandando ração todo mês ou custeando a castração”, informa Maria da Glória.

Ao todo são 38 abrigos cadastrados na Adada e que disponibilizam animais para adoção. “O abrigo não pode ser algo permanente na vida do animal, tem que ser temporário. O animal tem que ter uma casa, uma individualidade”, destaca.

Um dos abrigos cadastrados é o da protetora Mara Lúcia Ferreira da Costa Gonçalves, em Jacaraípe, onde ela cuida de cerca de 60 animais, entre cães e gatos.

Segundo ela, uma das dificuldades impostas aos protetores pela pandemia é a impossibilidade de realização de feiras presenciais, sendo, por isso, importante a iniciativa da feira virtual. Outro ponto, relata, é a redução nas doações aos abrigos. “Muita gente ficou desempregada, passou a contar somente com o auxílio emergencial, que mal dá para se manter”, afirma. 

Mara destaca, ainda, uma dificuldade enfrentada pelos protetores independentemente da pandemia: a ausência de políticas públicas com foco nos animais. Ela lamenta o fato de não haver hospital veterinário público no Espírito Santo e uma política de castração. “Em Vitória, por exemplo, o Centro de Controle de Zoonoses oferece serviço de castração, mas isso não ocorre em todos municípios”, lamenta. 

Mais Lidas