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Paraíso da expansão imobiliária desordenada, Vila Velha aposta em mais ruas para resolver mobilidade

Ok, ainda estão por vir o Plano Diretor Municipal (PDM) e um Plano de Mobilidade, contudo, por ora, são acanhados os objetivos do estudo de reestruturação viária da Prefeitura Municipal de Vila Velha. Abre uma rua aqui, amplia uma avenida ali, conecta uma via à outra. O ordenamento da cidade até agradece. Mas enquanto Vila Velha viver a brutal expansão imobiliária ainda em curso, qualquer intervenção viária nascerá superada, como ensinam os urbanistas.
 
Basta ver não só o paredão de concreto que se estende desde a Praia da Costa até a Praia de Itaparica como as constantes retenções de trânsito que ocorrem a cada horário de pico ao início ou fim de expediente, sobretudo pela manhã, no acesso à Terceira Ponte.
 
O mais recente Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES), divulgado em abril, mostra Itaparica como a região com maior crescimento na Grande Vitória, com 7.073 unidades em construção em janeiro deste ano. O segundo lugar também é canela-verde: Praia da Costa e Praia de Itapoã registram 4.564 unidades em construção. Um passeio por ambas as regiões confirma a explosão.
 
Uma das propostas é a implantação de sistema binário na Rodovia do Sol e na Avenida Saturnino Rangel Mauro, em Itaparica. Não é nova. Foi apresentada no início do ano passado e não pela prefeitura. A autoria é do Sinduscon-ES, tentando consertar os efeitos de um crescimento imobiliário que não respeita a capacidade viária da região. Como destacamos, é a cidade que se adapta ao poder imobiliário, e não o contrário.
 
Tal princípio também foi aplicado em Divino Espírito Santo. Um colossal empreendimento comercial, o Shopping Vila Velha, foi erguido em região de ruas estreitas e de malha viária restrita. Resultado: para minimizar os impactos, o shopping assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com 19 obrigações. Uma das quais, uma ponte e a readequação da Rua Belém, obra que atende à cidade, mas, mais que tudo, interessa sumamente ao shopping – que, diga-se de passagem, ainda não decolou. 
 
Mais um ponto. Em sua página na internet, a prefeitura celebra melhorias que teria feito na ciclovia das avenidas Jerônimo Monteiro e Champagnat, no Centro. Tais bondades, no entanto, se resumem a buracos cobertos com asfalto aqui e ali. Só isso. A sinalização horizontal e vertical continua gasta e precária, a via continua repleta de trechos irregulares, a pintura está gasta.  
 
Nunca é demais lembrar que o prefeito Rodney Miranda (DEM), que deve disputar a reeleição em 2016, corre contra o tempo para remendar uma imagem avariada junto ao eleitorado. Já contempla vias com melhoria de sinalização e, no Centro, a Avenida Luciano das Neves e a Rua Antônio Ataíde receberam nova pavimentação.

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