quinta-feira, novembro 21, 2024
24.4 C
Vitória
quinta-feira, novembro 21, 2024
quinta-feira, novembro 21, 2024

Leia Também:

Pegou embalo

De olho na eleição interna do PT e em 2026, corrente de Coser abre articulações

joacoser_campanha_redesociais.jpg
Redes Sociais

Nem bem as eleições deste ano acabaram, e lideranças do PT já iniciaram outro período de articulações. A corrente Alternativa Socialista (AS), do deputado estadual João Coser, que perdeu novamente a disputa à Prefeitura de Vitória, e de sua filha Karla, campeã de votos à Câmara Municipal, abriu uma série de encontros com a base, de olho na disputa interna do partido em 2025, e no próximo pleito de 2026. A movimentação já abarcou a Capital e o município da Serra, na região metropolitana, e chegará nesta sexta-feira e sábado (22 e 23) ao norte e noroeste: São Mateus, Colatina e Nova Venécia. A investida sinaliza a entrada de Coser no Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, para tentar voltar ao comando, posição que ocupou por muitos anos, num período em que a legenda ficou marcada por se distanciar drasticamente de suas origens e dos movimentos sociais, resultado das relações estabelecidas com o ex-governador Paulo Hartung (sem partido). A situação, agora, ainda é complexa. O PT amargou mais um desempenho pífio em pleito municipal, com o agravante de ter Lula na Presidência da República, e precisa de mudanças urgentes e de consolidar novos nomes no Estado. Coser diz, nas redes sociais, que quer “construir a unidade no partido”. Será ele o nome da vez? Vale lembrar: com a marca de deputado federal mais votado em 2022 e cotado para o Palácio Anchieta, Helder Salomão, que perdeu o último PED por apenas três votos, dificilmente ficará de fora desse tabuleiro. Foi dada a largada…

Divisões

A atual presidente do PT, deputada federal Jack Rocha, é integrante da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). Ela foi eleita em 2019, com o apoio de Coser, nessa disputa acirradíssima contra Helder, que é da corrente Resistência Socialista.

Divisões II

A condução de Jack nas eleições deste ano foi ruidosa, com insatisfações ecoadas principalmente em Vila Velha, onde João Batista Babá conseguiu ser candidato a prefeito “a duras penas”. Jack e blocos do partido defendiam adesão ao projeto do prefeito reeleito, Arnaldinho Borgo (Podemos).

A qualquer custo

Arnaldinho foi o palanque do governador, Renato Casagrande (PSB), também aliado de Coser. A parceria é alvo de sucessivos questionamentos, devido às contrapartidas de Casagrande muito aquém do esperado e pelo PT, como ocorreu tanto na eleição de 2022 quanto na atual. E tudo isso ileso, sem sofrer críticas incisivas…

Forças

Caso Coser confirme a candidatura, deverá ter garantido ao seu lado a atual presidente e a CNB. Helder tem como aliada a deputada estadual Iriny Lopes, da Articulação de Esquerda (AE) e, dizem, pode agregar o senador Fabiano Contarato, que é independente.

Estratégias

Os encontros do grupo de Coser e Karla também têm convocado filiações, o que ampliará o peso da corrente e projetará quadros para 2026, quando estará em jogo a manutenção do poder do grupo de Casagrande, e serão eleitos senadores e deputados estaduais e federais.

‘Pra ontem’

No campo nacional, as movimentações para o PED também foram abertas, como consequência do resultado negativo das eleições. A precipitação do processo pretende acabar com o período da deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), que só termina, porém, em 30 de junho de 2025.

‘Pra ontem’ II

Movimentos contrários querem que ela deixe a função antes. A expectativa é que, até dezembro próximo, seja definido o calendário da disputa, com reflexos nos estados.

Nas redes

“(…) pela gravidade do que ocorreu, da ameaça real dessa organização criminosa montada no Palácio do Planalto na era Bolsonaro, o mínimo que se pede é cadeia imediata para os indiciados, que podem sim ameaçar a democracia e as instituições. Bolsonaro preso já! Sem anistia para golpistas”. Iriny Lopes, deputada estadual.

Nas redes I

“Além de Golpe do Estado, havia um plano para assassinar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, eleitos democraticamente, e também matar o ministro Alexandre de Moraes, à época, presidente do TSE”. Helder Salomão, deputado federal.

FALE COM A COLUNA: [email protected]

Mais Lidas