A empresa Ilha Empreendimentos e Serviços foi declarada vencedora do chamamento público aberto pela Prefeitura de Vitória para execução de obras de reforma do segundo ao sexto andares do Edifício Santa Cecília, na região do Parque Moscoco, no Centro de Vitória. O imóvel, que pertence à prefeitura e está ocupado desde julho por 40 famílias sem teto, será adaptado para oferecer 40 unidades habitacionais a famílias com renda até R$ 1.800 dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal.
A empresa apresentou proposta de menor valor, de R$ 82 mil por unidade habitacional, o que totaliza um valor de R$ 3,2 milhões. O resultado foi publicado no Diário Oficial do município dessa segunda-feira (26).
Em agosto, a prefeitura tentou reaver o edifício pela via judicial. Mas uma decisão liminar da Justiça estadual fez prevalecer o direito à moradia e negou o pedido da de reintegração de posse do edifício. A gestão Luciano Rezende (PPS) também requereu proibição de novas ocupações em imóveis do poder municipal, com multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento, o que a Justiça também negou. A decisão, contudo, proíbe a entrada de novas famílias no prédio.
Por outro lado, a Justiça estadual marcou para o próximo dia 22 de outubro a ação de reintegração de posse do Edifício Sagres, prédio particular ocupado por 32 famílias sem teto também localizado no Centro de Vitória.
As ocupações em Vitória começaram em abril, quando 700 famílias ocuparam terreno entre os bairros Grande Vitória e Universitário, na Grande São Pedro, e tornaram público o problema da falta de moradia em Vitória. Após ação de reintegração e posse, as famílias foram para a Casa do Cidadão, em Itararé, e, em maio, para o prédio do antigo Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), no Centro. Uma ação de reintegração de posse em julho as desalojou novamente.