A semana foi de rearranjos nas prefeituras que têm novos chefes. As demissões de servidores que ocupavam cargos comissionados – mais de mil em Vila Velha – pareceram não chocar os leitores de Século Diário, que entenderam que este método faz parte do jogo político.
No entanto, a semana iniciou com a notícia que uma empresa de propriedade do deputado federal Camilo Cola (PMDB), o Complexo Angroindustrial Pindobas, foi incluída no cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava, conhecido como Lista Suja do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A libertação dos trabalhadores foi feita em outubro de 2011, mas o complexo só foi incluído na atualização mais recente, de 28 de dezembro de 2012.
Os leitores cobraram providências a respeito do caso, mas alguns deles – que já foram funcionários de empresas do deputado – não se espantaram com o fato.
Na quarta-feira (2), o vereador Max da Mata (PSD) foi confirmado para ocupar a Secretaria Municipal de Transportes de Vitória e o vice-prefeito, Waguinho Ito (PR) a Secretaria de Ação Social.
O fato dividiu os leitores. Alguns consideraram o vereador apto a assumir a pasta de Transportes, mas questionaram o vice-prefeito na Ação Social, já que esperavam corpo técnico mais qualificado.
Na quarta-feira (3) a coluna Socioeconômicas abordou o “desaparecimento” do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) por conta do arranjo político feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) que deixou os novos prefeitos da Grande Vitória a seu lado.
Os leitores, acompanhando o raciocínio, lembraram que em Vila Velha os ideais de Hartung sobrevivem na figura do prefeito Rodney Miranda.
Ainda na quarta-feira foram publicadas no Diário Oficial do Estado mais de mil exonerações de comissionados de Vila Velha. O fato não causou surpresa aos leitores que entenderam ser parte do jogo político. Eles também não acham que o número de comissionados vá diminuir, mas que os cargos devem ser ocupados por aliados do grupo que alicerçou o palanque de Rodney na eleição deste ano.
O movimento Pó Preto Ponto-Vix vem cobrando uma resposta do Ministério Público do Estado (MPES) a um documento protocolado no órgão em julho do ano passado, que pede, dentre outras coisas, a não liberação da Licença de Operação (LO) da 8ª Usina da Vale e uma série de estudos e justificativas técnicas das últimas ações de controle ambiental feitas sobre as empresas atuantes na Ponta de Tubarão.
Assim como a entidade, outras associações de moradores da região que sofre efeitos diretos das poluidoras também se manifestaram na matéria publicada nesta sexta-feira (4) cobrando estudos mais aprofundados sobre os impactos que trazem mais uma usina em Tubarão.