O acordo estabeleceu que o empreendimento cumpra 19 obrigações em áreas diversas. Entre elas, o custeio de estudo de até R$ 80 mil de um estudo de viabilidade de linhas de micro-ônibus para ligar o empreendimento a outras áreas da cidade, e de R$ 295 mil, para realização de um plano de reestruturação viária para Vila Velha. O descumprimento total ou parcial das obrigações poderá levar ao pagamento de multa de mil reais por dia, por obrigação descumprida, até a execução do compromisso.
Uma das grandes preocupações dos moradores diz respeito à regularização fundiária dos imóveis. A formação desordenada do bairro gerou um volume expressivo de famílias sem título pleno de propriedade. Agora, pressionadas pela expansão imobiliária impulsionada pela chegada do shopping, famílias temem perder suas casas. A questão fundiária inspirou um protesto dos moradores, também em setembro.
Não por acaso, um dos pontos da lista é a contratação e custeio, até ao limite global de R$ 100 mil, de serviços de escritório especializado para facultar aos habitantes do bairro que comprovem hipossuficiência (segundo a Lei 1.060/50) e sejam residentes no perímetro formado pelas ruas Luiz Gabeira, Alan Kardec, Luciano das Neves e o shopping, a regularização fundiária de seus terrenos, durante dois anos após a inauguração do centro comercial.
Outra obrigação cumprida foi a ponte na Rua Belém, sobre o Canal da Costa, estabelecendo uma ligação direta entre Itapoã e o bairro. A obra, os moradores criticam, serve mais ao shopping que a comunidade, uma vez que facilita o acesso de veículos ao centro de consumo. Mais que obrigação, a ponte é efeito de um empreendimento erguido de forma mal planejada, como moradores apontaram em reportagem de Século Diário. Os moradores destacam que não são contra o shopping, mas questionam a forma como ele foi implantado.