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Reinaldo Centoducatte é reeleito reitor da Ufes

Com apenas 492 votos a mais, os candidatos da Chapa 3, os professores Reinaldo Centoducatte  e Ethel Maciel, atuais reitor e vice-reitora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), venceram as eleições para a reitoria. Reinaldo e Ethel superaram os professores Gláucia Abreu e Sávio Queiroz, da Chapa 1. As duas chapas se enfrentaram no segundo turno, que ocorreu nesta terça (6). O resultado foi anunciado nesta quarta-feira (7).
 
Como previsto, não foi uma reeleição fácil para o atual reitor. No segundo turno, o candidato da Chapa 2, professor Marcel Olivier, anunciou apoio à Chapa 1. foi vencedor, por exemplo, entre os servidores. Os números refletem a custosa vitória de Reinaldo: foram 50,1% dos votos contra 47,1%.
 
A Chapa 3 obteve 5.159 votos, enquanto a Chapa 1 conseguiu 4.667 votos – o que dá uma diferença de 492 votos. Reinaldo foi superior entre os estudantes (3.778 votos contra 3.255) e os professores (707 contra 504). Mas perdeu entre os servidores (908 contra 664), justamente a categoria em que Marcel Oliver superou os concorrentes no primeiro turno. 
 
A eleição da Ufes foi marcada por uma profunda descrença do corpo discente com as propostas dos concorrentes à reitoria. Nenhum dos três conseguiu conquistar a atenção dos estudantes. Não apresentaram ideias que contemplassem a pauta dos alunos, como no caso da assistência estudantil. No dia das votações, não faltaram estudantes manifestando a falta de representatividade dos candidatos. 
 
Esta eleição seguiu o modelo de voto paritário, o que poderia animar a classe estudantil ao comparecimento às urnas. O voto discente, no entanto, pode ter feito a diferença para Reinaldo no segundo turno: foram 1.373 votos discentes a mais que no primeiro turno. O número de votos brancos e nulos dos estudantes não é expressivo: 37 e 78, respectivamente. 
 
A quantidade de professores e servidores que foram às urnas se manteve estável nos dois turnos.
 
O pleito também foi marcado pela compressão do calendário eleitoral. Nos corredores da universidade, o fato foi apontado como uma manobra articulada por Centoducatte para desfavorecer os concorrentes. O período de campanha que antecedeu o primeiro turno teve apenas duas semanas. Foi uma campanha fria e a frieza do primeiro turno se repetiu no segundo turno.

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