Representantes dos investigadores de Polícia Civil do Estado tiveram uma reunião com o chefe de Polícia, delegado Joel Lyrio, para solicitar a nomeação dos 250 investigadores do concurso de 1993 que ainda não foram convocados pelo governo do Estado.
Do encontro, saíram com o compromisso de que um ofício deve ser enviado pelo delegado-chefe à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), solicitando a criação das vagas para viabilizar a convocação dos investigadores.
O mesmo pleito já foi feito pelo deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) no Plenário da Assembleia Legislativa. Ele cobrou a nomeação dos investigadores do concurso de 1993 e dos policiais militares do certame de 1996. Os investigadores que prestaram concurso em 1993 só começaram a ser nomeados em 2011, depois de extensa batalha judicial. Ainda assim, nem todos os aprovados – que já passaram pela Academia de Polícia (Acadepol) – foram chamados.
Os investigadores concursados amargaram a maioria das derrotas no governo Paulo Hartung (PMDB), entre 2003 e 2010, período em que Rodney Miranda (DEM) – candidato à prefeitura de Vila Velha – também esteve à frente da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Somente em 2011 os investigadores começaram a ser nomeados, mas o número de vagas criadas não foi suficiente para que todos fossem acomodados.
Nesse período a falta de efetivo e aparelhamento na Polícia Civil contribuiu para o acúmulo de inquéritos sem resolução no Estado. Até 2007 eram mais de 17 mil inquéritos sem apuração, que se acumulavam nas delegacias, aumentando ainda mais a sensação de impunidade.
Somente no fim do governo Hartung foi realizado um concurso para a recomposição de efetivo, sendo que o número de vagas ofertadas não supria a demanda de policiais civis, tendo de ser anunciado um novo concurso na tentativa de equiparar o efetivo com o crescimento da população capixaba.