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Restaurante Alimento debate comida natural e agroecologia

Foto: Leonardo Sá/Porã

A confraternização leve e alegre de música ao vivo, palestras sobre alimentação natural e, especialmente, de clientes novos e antigos que em junho celebrou o primeiro ciclo de vida do Restaurante Alimento – um filho do Cio da Terra, um dos pioneiros em alimentação natural e orgânica no Espírito Santo – foi bem acolhida. Tanto que será repetida.

 
No próximo sábado (22), a partir das 11h, o Alimento promove um Sábado de Encontros, com buffet livre, música ao vivo e três palestras sobre alimentação natural. As inscrições antecipadas, com vagas limitadas, podem ser feitas ao valor de R$ 40. 
 
Serão três palestras. A agricultora Erenilda Luzia Guio, da Vero Sapore, Associação de Agricultores Agroecológicos Orgânicos de Iconha, vai falar sobre Agricultura Agroecológica. Já o tema da palestra da jornalista, repórter de meio ambiente de Século Diário e instrutora de Yoga, Fernanda Couzemenco, é Sociedade Enfezada. Por fim, a professora de Filosofia da Saúde e do Corpo, Joelma De Riz, desenvolve o tema “Um Olhar a Nossa Porção Bicho e o Aumento da Potência deVida”. 
 
O evento preserva o princípio do Cio da Terra de oferecer libertação às pessoas através do alimento, distribuindo sementes, literal e figuradamente. O Restaurante Alimento entende o prato de cada dia como um ato que envolve meio ambiente, economia, ecologia, saúde. Daí a crença de que não há maior libertação do que saber se alimentar: o princípio orgânico e, agora, vegano, como gesto de respeito a todos os seres.
 
O primeiro ano o Alimento foi bem recebido, em que pese a mudança de nome, endereço e ambiente. A troca do aconchego rústico do imóvel da Rua Maria Eleonora, em Jardim da Penha, pela impessoalidade de um centro comercial, em Mata da Praia, já foi assimilada. 
 
Melhor assimilada ainda foi a reformulação do cardápio, que marcou o início do novo ciclo. O princípio da combinação alimentar não-fermentativa, antes organizado em 48 cardápios revezados diariamente, foi sintetizado em 12. Este, por sua vez, já foi alterado três vezes para atender uma demanda da clientela pela retirada do glúten. Demanda aceita, a proteína foi praticamente abolida. A soja e produtos de origem animal – como o mel – foram removidos do cardápio.
 
Exemplo: um prato de massas antes servido semanalmente foi substituído por polenta ou um nhoque de farinha de arroz. O glúten, agora, sobrevive apenas residualmente em uma ou outra receita com aveia. No entanto, há massas congeladas para quem não tem problemas com o glúten.
 
De resto, o Alimento continua oferecendo quitutes e produtos orgânicos, como tofu, manteiga e requeijão de soja (produzidos com soja orgânica), pães, bolos, pasteis e produtos agroecológicos (fubá, fubá maizena moído em moinho de pedra, feijão verde, canjiquinha) de cinco famílias produtoras da região do Caparaó, no sul do Estado, estão entre os destaques.
 
A ideia, agora, é não apenas manter as palestras, espalhar as sementes de conhecimento, mas ousar e torná-las regulares. Mas sem pressa. Um objetivo, por exemplo, é trazer mais uma vez a professora Sônia Felipe, autora do livro Galactolatria, que já palestrou no Cio da Terra. O Alimento sente que as pessoas estão sedentas por conhecimento sobre alimentação. 
 
Serviço
O Sábado de Encontros acontece neste sábado (22), a partir das 11h, no Restaurante Alimento, na Mata da Praia. Avenida Rozendo Serapião de Souza Filho, 691, Boulevard Mata da Praia, Loja 10. Inscrições antecipadas com vagas limitadas: R$ 40. Depósito Caixa Econômica Federal. Agência: 1034. OP: 003. CTA: 3706-3.

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