O alerta de que a estrutura da rodoviária corre risco de desabar foi apresentado nesta segunda-feira (14), em reunião realizada pela manhã na Assembleia Legislativa. Na reunião, um grupo de engenheiros apontou que, caso uma parte da base entre em colapso, toda a cobertura virá abaixo.
A Rodoviária de Vitoria é do governo do Estado, que entregou sua administração à iniciativa privada. A empresa atual é Conberni. A atuação das empresas no local sempre se limita à área de embarque e desembarque. A parte da rodoviária com comprometimento visível é junto ao mar. Os usuários não conseguem ver a deterioração do local.
Os engenheiros que apontaram os riscos de a rodoviária de Vitória desabar são membros do Grupo de Trabalho de Infraestrutura e Mobilidade Urbana do Conselho Regional de Engenharia (Crea/ES). Eles se reuniram com a Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa para apresentar relatório de vistoria que realizaram nas pontes da Grande Vitória.
A avalição da rodoviária de Vitória ocorreu porque o grupo de engenheiros que se deslocava pela baia para vistoria na ponte Segunda Ponte, notou o comprometimento da base da rodoviária. E foi conferir.
O grupo então verificou que a ferragem está enferrujada, com perda de parte da base. Em outros pontos, há ferragem comprometida, exposta. Se uma parte da base entrar em colapso, toda a rodoviária cai, foi relatado por um dos membros da comissão do Crea durante a explanação aos deputados.
A comissão do Crea define a situação como preocupante, apontando que há ausência de manutenção periódica na Rodoviária de Vitória. Apontam ainda a necessidade de intervenção imediata, para corrigir os problemas observados.
Embora tenha feito o relato publicamente, a comissão do Crea só entregará o seu laudo à Comissão da Assembleia após revisão do grupo, o que está marcado para os próximos dois dias.
Da equipe do Crea fazem parte os engenheiros civis Jaime Oliveira Veiga, Hudson Barcelos Reggiani e Tatiana Paganotti Torres, além de dois estudantes da áreas. A comissão da Assembleia Legislativa é formada pelos deputados Marcelo Santos (PMDB), presidente, Enivaldo dos Anjos (PSD) e Jamir Malini (PTN). O presidente da Comissão informou que cobrará providências do governo do Estado.
A rodoviária é localizada na Ilha do Príncipe, ao lado da Segunda Ponte, e recebeu denominação oficial de Terminal Rodoviária de Vitória Carlos Alberto Vivacqua Campos. Foi construída em 1979. Em publicação do governo do Estado, é informado que a rodoviária tem o movimento médio de 125 mil usuários mensalmente, quase dois milhões de passageiros em embarques e desembarques por ano.