Chegou ao fim, na tarde desta quinta-feira (15), a paralisação dos trabalhadores das viações Tabuazeiro e Metropolitana, iniciada na manhã dessa quarta (14). De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários), Marcos Alexandre, o retorno ocorreu após as empresas assumirem o compromisso de pagar um salário e um tíquete alimentação, nesta sexta-feira (16).
Na Tabuazeiro, que circula no município de Vitória, o atraso salarial e do tíquete é de quatro meses. Na Metropolitana, que opera no Sistema Transcol, falta pagar os adiantamentos de 20 de fevereiro e 20 de março, os pagamentos de sete de março e sete de abril, e um tíquete no valor de R$ 793,00.
Outras queixas dos trabalhadores, afirma o diretor do sindicato, Miguel Leite, são o não pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), do plano de saúde, e o desconto da contribuição sindical dos filiados ao Sindirodoviários, mas sem repasse do montante para a entidade. Marcos Alexandre informa que essas pautas não foram debatidas com os trabalhadores nesta quinta, mas que o sindicato irá recorrer à Justiça para garantir os direitos dos rodoviários.
Marcos Alexandre não acredita que os pagamentos serão feitos na sexta-feira, já que os atrasos têm sido recorrentes nos últimos anos, bem como promessas de pagamento não cumpridas. Segundo o presidente do Sindirodoviários, a paralisação dos trabalhadores não foi liderada pela entidade, mas caso o compromisso firmado pelas empresas não seja cumprido e houver nova paralisação, o sindicato dará apoio se procurado pelos manifestantes.
Ele afirma que os atrasos nos pagamentos acontecem há cinco anos. Antes da pandemia, relata, o argumento das empresas para isso era a redução no número de passageiros por causa do aumento de alternativas de transporte, como bicicleta e veículos de aplicativos. Durante a pandemia, as empresas afirmam que a quantidade de passageiros reduziu ainda mais.