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Rodoviários do Estado voltam a protestar por retorno dos cobradores

Trabalhadores saíram da Avenida Vitória rumo ao Palácio Anchieta. Cobradores estão afastados desde maio de 2020

Os trabalhadores do transporte rodoviário voltaram a fazer manifestação pelo retorno dos cobradores. Na manhã desta quinta-feira (9), eles se concentraram às 8h em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), na Avenida Vitória, e seguiram em passeata e comboio de ônibus até o Palácio Anchieta, no Centro da Capital.

Foto: Elaine Dal Gobbo

O presidente da entidade, Marcos Alexandre da Silva, afirma que a função dos cobradores não é somente receber o dinheiro e dar o troco. Ele aponta que esses trabalhadores são essenciais para auxiliar os passageiros em relação aos pontos de embarque, além dos motoristas, por exemplo, na entrada de pessoas com deficiência no transporte coletivo e com orientações nas manobras nos pátios dos terminais, garantindo a segurança das pessoas.

Marcos defende que foi justamente a ausência de um cobrador que culminou no atropelamento da fiscal Márcia Helena de Jesus, no último domingo (5), no Terminal de Laranjeiras, na Serra. Ao manobrar o veículo, o motorista acabou atropelando a trabalhadora, que, segundo o presidente do sindicato, se encontra em estado grave e precisou ter a perna amputada.

Os cobradores estão afastados de seus postos desde maio de 2020, quando em audiência entre o sindicato, a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o Governo do Estado e empresas de ônibus. ficou acordado que a gestão de Renato Casagrande garantiria 20 meses de estabilidade para os trabalhadores. Com a ausência dos cobradores, os passageiros passaram a utilizar Cartão GV, o que, segundo argumentou o governo na época, evita o contágio da Covid-19 por meio do manuseio de dinheiro.
Marcos Alexandre acredita que não há motivos para que os cobradores continuem afastados, pois todos já foram vacinados. Além disso, o presidente do sindicato recorda que não há nenhuma restrição a atividades econômicas, estando o comércio liberado e os eventos até 600 pessoas também.

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