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Santa Maria de Jetibá declara situação de emergência

O prefeito de Santa Maria de Jetibá, Hilário Roepke (MDB), na região serrana do Espírito Santo, declarou situação de emergência no município em razão da greve nacional dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 de maio. O Decreto nº 47/2018, publicado nessa segunda-feira (28), cria ainda o Comitê de Gerenciamento de Crise, responsável por negociar com o governo estadual e por articulações em Brasília.

O Comitê realizou uma primeira reunião no final da tarde dessa segunda (28) com o governador Paulo Hartung, quando foi prometida a liberação de seis mil toneladas de milho estocadas em depósitos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Colatina, no noroeste do Estado, e Cachoeiro de Itapemirim, na região sul.

Na manhã desta terça (29), no entanto, não havia sinais de cumprimento da promessa, havendo nova convocação para reunião sobre o assunto no Palácio Anchieta. Em plena crise de desabastecimento de combustível, Hartung convocou novamente as autoridades do municípios para descer a região serrana e tratar do mesmo assunto, já discutido horas antes. “Estamos ansiosos aguardando que as promessas sejam cumpridas”, afirma o secretário municipal de Agricultura, Egnaldo Andreatta.

A publicação do decreto de situação de emergência foi precedida pela emissão de uma carta aberta à população, assinada pela prefeitura e a Câmara de Vereadores, informando as medidas tomadas para amenizar os problemas causados pela paralisação, incluindo as negociações com o Executivo estadual e as articulações em Brasília por meio da senadora Rose de Freitas (Podemos).

“Toda a cadeia agrícola de Santa Maria de Jetibá está sendo prejudicada”, afirma o secretário municipal de Agricultura, Egnaldo Andreatta, destacando a avicultura e a cultura do morango, além de toda a produção de verduras e hortaliças.

O plantel de aves santa-mariense é de cerca de 15 milhões de galinhas de cinco milhões de codornas. No último sábado (26), os produtores distribuíram 100 mil frangos em Vitória e, nesta terça-feira (29), mais alguns milhares podem ser doados caso não chegue o milho necessário.

Os morangos, explica Egnaldo, precisam ser colhidos e vendidos três vezes na semana e a maioria das verduras e folhagens também não aguentam muito tempo na lavoura, sob risco de perda. Os produtores que conseguem chegar na Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), no entanto, não conseguem dar vazão à produção, pois os compradores – de Linhares, Guarapari e outros estados não estão conseguindo se deslocar até a Grande Vitória. 

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