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Sedu revê posição e mantém funcionamento de escola para deficientes auditivos em VV

Os 800 deficientes auditivos que corriam riscos de ficar sem escola em Vila Velha já podem respirar aliviados. Após audiência pública realizada nessa terça-feira (29) entre pais de alunos, o vice-governador Givaldo Vieira (PT), o secretário estadual de Educação, Klinger Marcos Barbosa Alves, e o vereador Zé Nilton (PT), ficou decidido que o prédio onde funciona a escola não será mais cedido à Superintendência Regional da Secretaria de Estado da Educação.
 
“Essa é uma grande vitória para os deficientes auditivos. Agora vamos trabalhar para receber os alunos”, comemorou José Carlos de Siqueira Júnior, representante do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Vila Velha.
 
Segundo ele, a situação dos cerca de 800 surdos absolutos no município era cada vez mais grave e a escola, além da situação precária do prédio – teto que ameaçava desabar – chegou a receber apenas 11 alunos devido à tentativa do governo federal de estimular a escola regulares a receberem os alunos com deficiências. 
 
“Considero a reconquista deste espaço muito importante. Com este programa federal muitos deficientes acabavam não se integrando nas escolas [regulares], afinal, a linguagem dos sinais é o primeiro contato deles com a linguagem. Sem isso, fica difícil interagir e eles acabam ficando excluídos. A nossa intenção é fazer um centro de convivência educacional para ensinar libras porque é a partir desta alfabetização que eles também conquistam sua autonomia”, explicou José Carlos Siqueira Júnior. 
 
De acordo com a assessoria do vereador Zé Nilton, propositor do debate, está descartada qualquer possibilidade de ocupação da área da escola pela Superintendência da Sedu. 
 
A escola será reorganizada. “Um grupo de trabalho será convocado pela Sedu. Além dos representantes da secretaria Estadual, o grupo contará também com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e um aluno deficiente auditivo para levar as demandas apontadas pela categoria até o grupo”, informou a assessoria da Sedu. 
 
O objetivo do grupo será reorganizar a escola e sistematizar as contrapartidas municipais e estaduais para que os alunos sejam, em breve, recebidos novamente na instituição de ensino. 
 
“A comissão quer implantar este centro para deficientes oral e auditivos para todas as idades e com horários integrais. Ainda não temos data para receber os alunos, mas é pra breve, é pra já. A Sedu se comprometeu a convocar os membros do grupo de trabalho com rapidez. E percebemos também empenho neste sentido no vice-governador. Estamos felizes, sem o ensino da linguagem de sinais (Libras) aos alunos com deficiência auditiva do município, eles estariam fadados à exclusão”, disse José Carlos Siqueira Junior. 
 
Durante a audiência a Sedu se comprometeu a encontrar outro espaço para a implantação da Superintendência Regional da Secretaria de Estado da Educação

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