Audiência sobre suspensão dos cobradores foi sinalizada para esta terça, mas não houve confirmação de horário
Diante da falta de respostas sobre o horário da audiência que ocorreria nesta terça-feira (19) entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado (Sindirodoviários), Justiça do Trabalho, Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Governo do Estado e empresas de transporte, os rodoviários voltaram às ruas para protestar. A realização da audiência havia sido confirmada após a manifestação feita pelos trabalhadores nessa segunda (18), mas o horário não foi repassado para a categoria, que esperou por essa informação até às 22h, motivando a nova manifestação.
Na manhã desta terça, os rodoviários se concentraram às 6h na Praça de Jucutuquara, de onde saíram a pé, seguidos por diversos ônibus em comboio, até a Praça Oito, no Centro de Vitória. “Queremos a confirmação do horário da audiência para hoje, não é para amanhã ou outro dia, é para hoje”, reivindica o diretor do Sindirodoviários, Jean Carlos Gomes da Silva.
Os trabalhadores protestam contra a suspensão das atividades dos cobradores do Sistema Transcol durante 60 dias, conforme anunciado pelo governador Renato Casagrande (PSB) no dia 13 de abril, e da falta de diálogo do Governo do Estado com a categoria.
De acordo com Jean, parte dos cobradores será afastada por 60 dias e outros terão sua carga horária reduzida, atuando na venda de cartões nos terminais e dentro dos ônibus. O sindicato afirma que isso é desvio de função e que não há garantias de que os cobradores não serão dispensados após os 60 dias. A entidade acredita que o decreto é uma forma de fazer com que todos passageiros adquiram o cartão. Assim, afirma, não será necessária a presença dos cobradores, permanecendo somente a bilhetagem eletrônica.
No mesmo dia da aprovação da greve a Justiça do Trabalho decidiu, em liminar, que o movimento paredista é ilegal, pelo fato do sindicato não ter comunicado o início da greve 72 horas antes de sua deflagração. A liminar foi resultado de um pedido de urgência formulado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GV Bus).