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Shopping Popular: Antônio da Emater promete, recebe recursos federais e abandona obra

 

Projeto foi anunciado com solenidade em fevereiro de 2014 pelo prefeito de Pinheiros, Antônio da Emater (PSB), o Centro de Comercialização de Produtos Agropecuários (Shopping Popular) é hoje um local abandonado. Localizado no Centro da cidade, ao lado do mercado municipal, o área virou depósito de lixo e, segundo moradores, abrigo usuários de drogas e ponto de prostituição. Não há indícios de retomada das obras, que receberam R$ 487,5 mil em recursos federais.

As suspeições cercam a aplicação de recursos federais para a obra. A construção do Shopping Popular foi anunciada ao custo de R$ 836,3 mil, dos quais R$ 402,4 mil sairiam dos cofres da prefeitura e o restante viria de convênio entre o município e o governo federal, via Ministério da Agricultura. A empresa Engenorte Construção e Serviços Ltda é a responsável pela execução do projeto. O prazo para finalização das obras foi fixado em 180 dias.

 
Segundo o Portal da Transparência do governo federal, a Prefeitura de Pinheiros recebeu R$ 487,5 mil em duas parcelas de R$ 243,750 mil, liberadas em agosto e dezembro de 2013. A solenidade de início das obras do projeto foi realizada em 26 de fevereiro de 2014. Além do prefeito, estiveram presentes a vice Suelena Martins Denti e os secretários, Marcelo Gonçalves (Esporte), Arlindo Lopes (Administração e Finanças), Florisval Alves Pinheiro (Obras e Urbanismo) e Fabiano Martins (Agricultura e Meio Ambiente).
 
Na ocasião, Antônio da Emater lustrou o projeto com o discurso da dinamização econômica: com boxes de qualidade e gratuito, o local seria oportunidade de negócio e, por outro lado, ponto de encontro para famílias e turistas. O Shopping Popular, que abrigava a antiga praça dos feirantes, em que comerciantes vendiam arroz, feijão, carnes e outros gêneros alimentícios, iria expandir o agroturismo do município.
 
A foto acima mostra outra realidade. Registrada em julho, indicam um local em absoluto estado de desamparo. A Engenorte chegou a enviar máquinas e trabalhadores, mas não seguiu com a execução. Hoje os moradores lamentam que a praça tenha se transformado em um ponto viciado de depósito de lixo, sobretudo aos sábados, dia em que as sobras da feira livre realizada em uma rua próxima são despejadas no local. 

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