Sobrecarga de trabalho aumentou devido à pandemia, sem pagamento de hora extra. Cariacica também registra problemas
A pandemia do coronavírus aumentou o número de mortos, e, consequentemente, a sobrecarga de trabalho dos coveiros de Colatina, noroeste do Estado. Não bastasse isso, a gestão do prefeito Sergio Meneguelli (Republicanos) alterou ainda mais a rotina desses servidores, ao implantar extensão de carga horária sem pagamento de hora extra, não contratar número suficiente de profissionais, nem disponibilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que motivou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Colatina e Governador Lindemberg (Sispmc) a acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Segundo a presidente da entidade, Eliana de Fátima Inácio, a carga horária dos coveiros é de 7h às 16h. Entretanto, a prefeitura estendeu para às 18h. Ela relata que o número de enterros em Colatina cresceu 22% se comparado com o período de janeiro a junho de 2019, o que gera sobrecarga de trabalho. A situação se agrava diante da quantidade insuficiente de coveiros. São nove no total, dois atuam no cemitério de Itapina e os outros sete se dividem entre os cemitérios São Francisco, São Vicente e Jardim da Paz.
O presidente do sindicato, Luciano Constantino, afirma que de lá para cá a mudança foi que a prefeitura contratou uma empresa para administrar os cemitérios. Entretanto, ainda cabe à administração municipal fazer as melhoras na infraestrutura desses espaços.
Uma das situações mais críticas, de acordo com informações contidas no ofício enviado em junho para a prefeitura, é a do cemitério de Nova Rosa da Penha, onde não há banheiros para os trabalhadores, que faziam suas necessidades fisiológicas na capela mortuária, hoje interditada pela Defesa Civil.