O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPAJM), José Elias Marçal, não irá desocupar o prédio do órgão ‘imediatamente’, como havia prometido. Segundo Gerson Correia de Jesus, presidente do Sindipúblicos, Marçal insiste em arriscar a vida dos funcionários que continuam trabalhando no prédio onde uma marquise ameaça a desabar a qualquer momento.
“Se acontecer algo com alguém ele será responsabilizado. Não vemos compromisso em resolver a situação. Ele alega que o a locação de novas salas é uma responsabilidade do governo, mas a autarquia tem como pressionar. Presta serviço para praticamente todos os órgãos do Estado”, adverte Gerson.
Segundo o presidente do Sindipúblicos, a desocupação está dependendo da oficialização de um novo local para acomodar os servidores. Porém, nem o contrato de locação ou de segurança, rede, entre outras necessidades estão encaminhados.
O Iopes vistoriou a atual sede do órgão e apontou a necessidade de demolição dos prédios. Os bombeiros também recomendaram a demolição, mas não afirmaram que há risco de desabamento. Entre os servidores, a informação é que se o edifício fosse privado, já estaria interditado.
Enquanto isso, o diretor do IPAJM se apega a falta de autonomia para esvaziar o prédio, mas segundo o Sindipúblicos, é preciso lembrar que há aposentados idosos e também crianças, além dos servidores, sendo expostos ao risco diariamente no prédio do órgão.
Segundo Gerson, é cobrado pelos servidores a evacuação em caráter de urgência do prédio e não o estabelecimento de um novo cronograma, que segundo os trâmites burocráticos necessários, só deverá garantir a mudança no prazo mínimo de seis meses.
“Até lá algo poderá ter acontecido, a marquise está caindo. É só ter dias de chuva alternado com dias de sol para a marquise desabar novamente”, disse ele se referindo à queda de parte da marquise registrada no mês passado.